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Volvo deve cortar 3 mil empregos em plano de reestruturação de R$ 10 bi

Marca sueca determina demissões e cortes para viabilizar reestruturação

30 mai 2025 - 08h00
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A Volvo anunciou que irá cortar cerca de 3 mil postos de trabalho em todo o mundo como parte de um amplo plano de reestruturação global, visando economizar aproximadamente R$ 10 bilhões (ou cerca de 18 bilhões de coroas suecas). É o que informa a Reuters e Autocar Business.

A medida foi oficialmente confirmada após a empresa já ter sinalizado, no mês anterior, a necessidade de demissões para conter custos diante de um cenário de demanda enfraquecida por veículos elétricos, aumento de despesas operacionais e instabilidade no comércio internacional.

Os cortes atingirão cerca de 15% da força de trabalho de escritório da Volvo, com destaque para a Suécia, onde 1.200 funcionários serão desligados e outras 1 mil posições de consultoria serão encerradas. As demais demissões serão distribuídas em outros mercados globais, ainda a serem detalhados após a conclusão de uma reavaliação estrutural da empresa, prevista para ser finalizada até o outono europeu.

Segundo o CEO Hakan Samuelsson, que reassumiu a liderança da empresa recentemente, a reestruturação afeta áreas administrativas em geral, como pesquisa e desenvolvimento (P&D), comunicação e recursos humanos. Ele defendeu a medida como um passo necessário para tornar a organização mais ágil e eficiente: "Acho que será muito saudável, economizará dinheiro e dará espaço para as pessoas assumirem responsabilidades maiores."

O novo diretor financeiro da Volvo Cars, Fredrik Hansson, reforçou que todos os setores da companhia passarão por ajustes, com a maioria das demissões concentrada em Gotemburgo, sede da empresa.

Volvo corta gastos para viabilizar sua reestruturação

O plano de corte deve gerar um custo único de reestruturação de 1,5 bilhão de coroas suecas — algo em torno de R$ 725 milhões — e ocorre em um momento delicado para a empresa. Além da pressão interna, a Volvo enfrenta desafios externos significativos, como o risco de tarifas comerciais mais altas impostas pelos Estados Unidos, o que pode inviabilizar a exportação de seus modelos mais acessíveis para aquele mercado.

Com boa parte de sua produção concentrada na Europa e na China, a Volvo se encontra particularmente vulnerável diante das novas medidas protecionistas norte-americanas. Apesar das dificuldades, analistas, como Hampus Engellau, do banco Handelsbanken, avaliam que o corte de pessoal estava dentro do esperado e enxergam a decisão como um movimento positivo para otimizar a estrutura da empresa.

Embora as ações da Volvo tenham registrado alta de 3,6% no dia do anúncio, o desempenho no acumulado do ano segue negativo, com queda de 24%. A companhia também optou por suspender suas projeções financeiras até que haja mais clareza sobre os rumos da economia global.

Estadão
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