Renault Clio 2027 ganha visual ousado e mantém motor a gasolina
Hatch chega a oitava geração sem uma versão totalmente elétrica, e segue longe do Brasil
A Renault apresentou oficialmente a sexta geração do Clio, que chega completamente renovado ao mercado europeu. O hatch ganhou design mais ousado, tecnologias inéditas e maior eficiência em relação ao antecessor. Diferente de rivais diretos como Peugeot 208 e Opel Corsa, o novo modelo não terá versão 100% elétrica, essa missão ficará a cargo do Renault 5, o compacto elétrico da marca.
No visual, o Clio adota a linguagem mais recente da Renault. Os faróis estão mais estreitos, a grade passa a ser pequena e hexagonal, enquanto o novo logotipo ganha destaque no centro. O para-choque, com linhas agressivas, traz referências ao conceito Emblème, revelado em 2024.
Na lateral, permanece a identidade tradicional do modelo, com as maçanetas traseiras disfarçadas na coluna, teto levemente inclinado e aerofólio integrado. Atrás, chamam atenção as lanternas bipartidas pela tampa do porta-malas.
As medidas também cresceram: são 4,12 m de comprimento (6,7 cm a mais que antes), 1,77 m de largura, 1,45 m de altura e 2,59 m de entre-eixos. O porta-malas comporta 391 litros. Já a cabine aposta em linhas horizontais, painel digital integrado ao multimídia e acabamento mais sofisticado, com superfícies macias ao toque, detalhes em preto brilhante, iluminação ambiente e uso de materiais recicláveis.
O console central inclui porta-objetos, porta-copos e o botão do freio de estacionamento eletrônico, enquanto as versões automáticas trazem alavanca de câmbio posicionada na coluna de direção.
Entre os equipamentos, o hatch oferece recursos avançados como assistente ativo de condução, frenagem automática de emergência, câmeras de alta definição e sistema de som premium Harman Kardon com 410 watts e 10 alto-falantes.
Clio 2026 pode ser último modelo a combustão da linha
Apesar de usar a mesma plataforma CMF-B da geração anterior, o novo Clio recebeu evoluções para suportar sistemas híbridos mais sofisticados. Um exemplo é o conjunto 1.8 E-Tech de 160 cv, que combina motor a gasolina de quatro cilindros (ciclo Atkinson) a dois propulsores elétricos e bateria de 1,4 kWh.
Segundo a marca, o hatch chega a 25,6 km/l de consumo, autonomia de 1.000 km e até 80% do uso urbano em modo totalmente elétrico. Nas versões de entrada, o modelo traz motor 1.2 TCe de três cilindros, com 115 cv, acoplado a câmbio manual ou automatizado de dupla embreagem de seis marchas. Haverá também uma opção bicombustível, a GLP/gasolina, com 120 cv.
O lançamento comercial na Europa está previsto para o início de 2026. O novo Clio terá a responsabilidade de suceder um dos maiores sucessos da Renault, já que a geração atual foi o carro mais vendido do continente no primeiro semestre, somando 130.500 unidades. Para o Brasil, contudo, o hatch não deve ser oferecido, uma vez que a estratégia local da marca privilegia SUVs, como Kardian e Boreal, e futuras picapes, como a Niagara.
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