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Por que a Renault não lança a picape Alaskan no Brasil

Produzida na Argentina com motor 2.3 biturbo de 190 cv, a picape Renault Alaskan segue nos planos do Brasil, mas algo atrapalha

13 abr 2023 - 06h15
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Renault Alaskan, picape média com chassi fabricada na Argentina
Renault Alaskan, picape média com chassi fabricada na Argentina
Foto: Renault / Guia do Carro

Entra ano, sai ano e a história se repete: a picape Renault Alaskan segue sendo fabricada na Argentina, mas não estreia no Brasil. Trata-se de uma situação incomum, pois da Argentina vêm quatro picapes do segmento: Toyota Hilux, Ford Ranger, Nissan Frontier e Volkswagen Amarok.

O Renault Alaskan segue o mesmo padrão desses modelos concorrentes. Na Argentina,  o motor 2.3 turbo diesel tem duas versões: uma com 160 cv e 403 Nm e outra com 190 cv e 450 Nm. Para o Brasil, o Renault Alaskan de 190 cv com câmbio automático de 7 marchas seria competitivo. Sua carga útil chega a 1.100 kg, dependendo da versão.

Além disso, o segmento de picapes médias se tornou uma mina de ouro nos últimos tempos. É tão bom que a próxima montadora a entrar será a Fiat, que herdou da Peugeot a picape Landtrek (que deve ter outro nome). Por que, então, a Renault não lança a Alaskan no Brasil?

Renault Alaskan, picape média com chassi fabricada na Argentina
Renault Alaskan, picape média com chassi fabricada na Argentina
Foto: Renault / Guia do Carro

Fomos buscar essa resposta com um porta-voz da própria Renault. “A picape Alaskan sempre está sobre as nossas mesas de reunião, mas ainda não encontramos o momento ideal para trazê-la ao Brasil”, disse Carlos Henrique Ferreira, Head de Comunicação Latam do Groupe Renault.

Explicando em detalhes, o executivo da Renault disse que a economia argentina ainda está muito instável, com alguns picos de inflação muito altos. Por isso, não há uma certeza sobre os custos. Além disso, ao contrário das outras marcas, que já atuavam no segmento de picapes, a Renault teria que partir do zero no Brasil.

“Para lançar a Alaskan no Brasil o investimento tem que ser alto, pois além de trazer o produto é preciso treinar a rede para atuar num segmento que ainda não dominamos”, explica Caíque Ferreira, como é conhecido no setor. Aliás, foi por esse mesmo motivo que a Stellantis tirou a picape Landtrek da Peugeot e passou-a para a Fiat, que já vende as picapes Strada e Toro.

Renault Alaskan, picape média com chassi fabricada na Argentina
Renault Alaskan, picape média com chassi fabricada na Argentina
Foto: Renault / Guia do Carro

É verdade que a Renault também está no segmento do Fiat Toro com a picape Oroch, derivada do Duster. Porém, são situações diferentes. Ao contrário da Fiat, os veículos comerciais não são tão estratégicos para a Renault.

Prioridade é um inédito SUV

O fabricante francês foi um dos que mais sofreu com as duas crises mundiais que afetaram o setor. Na pandemia de Covid, a Renault perdeu 7 bilhões de euros e precisou se reinventar. Por isso, criou o projeto Renaulution, um plano estratégico que prevê fortes investimentos em novos produtos. Depois, na Guerra da Ucrânia, perdeu a parceria que tinha com o Kaptur produzido na Rússia.

Em função disso, o Renault Captur nacional, que é feito na plataforma do Dacia Duster (Renault Duster no Brasil), só não saiu de linha ainda porque a montadora francesa tem conseguido fabricar algumas poucas unidades. Mas o número de carros produzidos é pífio. E, como o Captur nacional dependia de peças do Kaptur russo e usa uma plataforma diferente, o Captur francês não está nos planos.

Projeção do futuro SUV compacto da Renault
Projeção do futuro SUV compacto da Renault
Foto: Kolesa/Reprodução

O que está nos planos é o primeiro carro fruto do Renaulution, que será um SUV inédito, cuja estreia no Brasil ocorrerá em 2024. Devido a essas prioridades, a Renault não quer arriscar dinheiro e energia num mercado tão competitivo como o das picapes médias. Por isso, mais uma vez, apesar de ter ganhado recentemente uma atualização na Argentina, o Renault Alaskan continuará sem atravessar a fronteira para o Brasil.

Segundo Caíque Ferreira, em 2025 ou 2026, quando o Renault Alaskan passar por uma grande modificação, as chances de a picape ser importada aumentam. Desde, claro, que as condições econômicas no Brasil e na Argentina estejam favoráveis na ocasião.

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