Peugeot 2008 vai mal em teste de colisão e é mais um Stellantis a decepcionar
SUV recebeu apenas uma estrela e relatório culpa falta de itens como airbags de cortina e ADAS de série em todas as versões
A terceira rodada de testes de 2025 do Latin NCAP revelou resultados pouco animadores para o Peugeot 2008 produzido na Argentina. O SUV recebeu apenas uma estrela na pontuação geral, culpa da falta de itens de segurança presentes em concorrentes ou apenas nas versões de topo.
O maior problema do 2008 foi a falta de airbags de cortina em todas as versões, o que impossibilitou a realização do teste de impacto lateral contra postes. Isso deu ao SUV nota zero neste teste, pela falta de proteção para as cabeças dos ocupantes, e assim automaticamente limitando a nota do SUV a uma estrela.
Apenas a versão GT e a elétrica, o e-2008, possuem airbags de cortina, as demais versões trazem apenas quatro airbags e não podem receber as bolsas extras nem como opcionais. Também só há sistemas de assistência ao motorista na versão mais cara, que traz frenagem automática de emergência, monitor de faixa de rolamento, detector de fadiga, reconhecimento de placas de sinalização e alerta de colisão iminente.
O Latin NCAP testa e usa como base para a pontuação a versão mais barata do modelo à venda no mercado.
A entidade ainda permite que a fabricante solicite o teste da versão com os equipamentos de segurança e teça comentários sobre o funcionamento deles, mas a Peugeot não pediu a avaliação do 2008 mais equipado.
A estrutura do carro também foi considerada instável. No teste de colisão frontal, a coluna A se deforma na área da porta do motorista. A proteção para bebês foi considerada deficiente e para crianças poderia ter sido melhor, segundo o relatório do Latin NCAP.
O 2008 só oferece interruptor para desativar o airbag frontal do passageiro, o que permite a instalação de uma cadeirinha infantil virada para trás, nas versões mais caras, algo que também refletiu na avaliação baixa.
O secretário geral do Latin NCAP, Alejandro Furas, expressou preocupação com o fato de o 2008 ser o nono carro da Stellantis a ser testado pelo protocolo mais recente e não obter mais do que duas estrelas nos testes. "O grupo Stellantis tem capacidade técnica para oferecer melhor segurança de série e melhor desempenho."
O Presidente do Conselho da entidade, Stephan Brodziak, vai além e diz que "não se trata de uma limitação técnica, mas de uma decisão empresarial que prioriza a redução de custos em detrimento de vidas humanas". E ressalta que o mesmo modelo oferece níveis de proteção mais elevados em outros mercados, mas a fabricante opta por deixar equipamentos importantes de fora para os mercados da América Latina e Caribe.
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