Novo Chevrolet Corvette ZR1X tem potência de 1.267 cv e é mais rápido que Ferrari F80
Esportivo americano atinge status de hipercarro com conjunto híbrido
Esqueça tudo que você conhece sobre o atual Chevrolet Corvette. A mais nova encarnação do esportivo americano ficou ainda mais forte, superando até mesmo o esportivo ZR1, com seus 1.078 cv. A GM anunciou a versão ZR1X, com "módicos" 1.267 cv, que combina o V8 biturbo de 5.5 litros do ZR1 com o sistema híbrido e motor elétrico dianteiro da Corvette E-Ray, e tração integral.
Com essa potência, o ZR1X acelera de 0 a 100 km/h em menos de 2 segundos e percorre o quarto de milha em menos de 9 segundos, cruzando a linha a mais de 240 km/h. Só para comparar, é mais rápido e potente que a Ferrari F80 de 1.183 cv, que custa cerca de R$ 22 milhões.
Corvete ZR1X será produzido em série
E não se trata de uma edição limitada: o ZR1X será produzido em série, lado a lado com o restante da linha Corvette, com lançamento previsto ainda para este ano. E ele sempre fez parte do plano da geração C8, como explica o engenheiro-chefe Keith Badgley: "Brincávamos que era nosso 'carro pia de cozinha', porque jogamos tudo o que tínhamos nele. Era o hipercarro que queríamos tornar realidade."
O motor V8 biturbo do ZR1 segue quase inalterado, mas o sistema híbrido da E-Ray foi aprimorado. Embora a bateria de 1,9 kWh seja a mesma, sua capacidade útil aumentou em 26%. O motor elétrico dianteiro agora entrega 186 cv e 20,1 mkgf, um ganho de 26 cv e 2,8 mkgf em relação ao E-Ray.
Apesar de o motor elétrico estar no eixo dianteiro, tanto a bateria quanto os módulos de potência ficam no túnel da transmissão. Acima dos 257 km/h, o sistema híbrido se desacopla e o carro opera apenas com o motor a combustão. No total, o sistema híbrido adiciona cerca de 115 kg, elevando o peso seco do ZR1X para aproximadamente 1.780 kg.
Isso o torna bem mais pesado que rivais como a Ferrari F80 (1.525 kg) e o McLaren W1 (1.400 kg), ambos com potência semelhante. Com mais tração, o Corvette pode até igualar esses europeus nas arrancadas até 100 ou 110 km/h, mas em alta velocidade e em pista, eles ainda devem ter vantagem.
Apesar da proposta, hiperesportivo é modelo de "uso misto"
Segundo a Chevrolet, o ZR1X foi feito mais para uso em estrada do que em pista, embora tenha capacidade para ambos. Afinal, há poucos lugares onde se pode acelerar por mais de três segundos sem parar, e o carro entrega até 1,3 g de aceleração longitudinal e mais de 1 g lateral já em terceira marcha. O sistema de frenagem, claro, foi desenvolvido à altura.
Os freios são discos de carbono-cerâmica de 420 mm, feitos com fibras de carbono entrelaçadas continuamente, "garfados" por pinças Alcon de 10 pistões. Durante testes em Nürburgring, os freios conseguiram 1,9 g de desaceleração na frenagem de 290 para 190 km/h na seção de Tiergarten. Afinal, de nada adianta um hiperesportivo sem ótimos freios.
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