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“Lubrificantes falsificados já são 20% do mercado e podem destruir motores”

Em artigo à imprensa, Marcelo Martini alerta que fraudes com óleos lubrificantes geram riscos graves para motoristas e fabricantes

30 ago 2025 - 07h59
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Cerca de 20% dos lubrificantes vendidos no Brasil são falsificados ou adulterados, segundo levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL). O dado preocupa não apenas pelo impacto direto no funcionamento e na durabilidade dos motores, mas também pelos prejuízos econômicos e riscos de segurança.

Uso de óleos lubrificantes requer atenção por parte de motoristas
Uso de óleos lubrificantes requer atenção por parte de motoristas
Foto: Garagem 360

Óleos adulterados ou falsificados levam a riscos

O alerta foi feito pelo especialista Marcelo Martini, em artigo distribuído à imprensa. Segundo ele, a presença de óleos adulterados ou falsificados no mercado compromete a confiança na cadeia produtiva e expõe os consumidores a riscos severos.

“A falsificação de lubrificantes compromete a confiança na cadeia produtiva e expõe consumidores a riscos de difícil reversão”, afirmou no texto.

Como ocorre a falsificação dos lubrificantes

No artigo, Martini explica que a fraude acontece de duas formas principais. “Na adulteração, o produto legítimo é diluído com solventes, água ou outras substâncias que alteram suas características originais. Já na falsificação total, embalagens, rótulos e design de marcas conhecidas são copiados, mas o conteúdo não tem qualquer correspondência com o original.”, escreveu.

Em ambos os casos, o consumidor deixa de receber um produto formulado com aditivos e óleos básicos adequados. “O que chega ao motor, portanto, é um produto incapaz de oferecer a proteção necessária”, alertou.

Danos ao motor e ao setor automotivo

As consequências podem ser graves. “O motor que recebe um óleo falsificado deixa de contar com a redução de atrito, o controle de temperatura e a proteção contra desgaste de peças metálicas”, destacou Martini.

Segundo ele, isso pode gerar aumento no consumo de combustível, falhas recorrentes, superaquecimento e até a perda total do motor. Pistões, bielas e virabrequim estão entre os componentes mais afetados, enquanto a formação de borras e o entupimento de galerias de óleo comprometem a circulação e o resfriamento.

O problema, acrescenta o especialista, não se limita ao consumidor final: “Quando um produto falsificado circula no mercado, não apenas o motorista é lesado – toda a rede de produção e comercialização de lubrificantes vê sua imagem comprometida”.

Responsabilidade deve ser compartilhada

Martini ressalta que o combate à falsificação exige atuação integrada de consumidores, fabricantes, distribuidores e oficinas. “Preços muito abaixo da média, embalagens violadas, ausência do selo da ANP ou alterações perceptíveis na cor e viscosidade do óleo devem ser vistos como sinais de alerta”, recomendou.

Ele lembra que produtos de origem duvidosa podem sair muito mais caros: “Não existem atalhos no mercado de lubrificantes. Reparos de motor, perda da garantia de fábrica e desvalorização do veículo são consequências recorrentes”.

Do lado das empresas, a inovação também é fundamental. “Lacres diferenciados, sistemas de rastreabilidade e tecnologias aplicadas às embalagens já se mostram eficientes para reduzir a margem de atuação dos falsificadores”, afirmou.

Segundo Martini, oficinas e distribuidores também têm papel decisivo. “Negligência nesse processo compromete a segurança dos clientes, gera prejuízos diretos e ainda pode resultar em sanções administrativas e legais”, escreveu no artigo.

Setor estratégico para a mobilidade

Para o especialista, só será possível avançar no combate à fraude com a colaboração de todos os agentes do setor.

“Apenas com essa integração será possível reduzir o espaço para a fraude e proteger não apenas os motores, mas a própria confiança em um setor estratégico para a mobilidade e para a economia do país”, concluiu Marcelo Martini.

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