Ferrari Elettrica em detalhes: supercarro elétrico terá 1.000 cv e 530 km de alcance
Com quatro motores elétricos, um em cada roda, Elettrica extrai 286 cv do eixo dianteiro e 843 cv, do traseiro; faz 0 a 100 km/h em apenas 2,5 segundos e crava 210 km/h de velocidade máxima
Embora muitas pessoas ainda torçam o nariz, o carro elétrico é um caminho sem volta. De olho nisso, a Ferrari, com certo atraso, divulgou os detalhes de seu primeiro modelo movido a baterias, a Elettrica. Com estreia confirmada para 2026, o veículo terá produção limitada, mas ainda não há detalhes concretos. Valores e equipamentos também são desconhecidos, por ora.
Mesmo com sua chegada, a marca italiana já adianta que não vai abandonar os modelos a gasolina e híbridos, que, aliás, serão prioridade, pelo menos, até 2030. Em síntese, a primeira fase de apresentações deixa claro que o veículo terá plataforma própria e quatro motores elétricos, dois em cada eixo, que utilizam componentes derivados da Fórmula 1.
O chassi já está pronto para produção e conta com estrutura de baterias (de 122 kWh e 800 volts, no piso, entre os eixos dianteiro e traseiro) e motores elétricos. Mas ainda não tem rodas ou carroceria. A prévia do design interior será apresentada no início de 2026. Na sequência (em meados do ano), todo o restante. Por ora, sabe-se que terá espaço para quatro ocupantes e quatro portas - mas não se trata de um SUV.
De acordo com a Ferrari, pela primeira vez, o chassi e a carroceria utilizam 75% de alumínio reciclado, o que permite reduzir 6,7 toneladas de CO2 por cada unidade fabricada. Na parte traseira, a marca introduz, pela primeira vez, um subchassi mecânico amortecido, projetado para reduzir o ruído e as vibrações no habitáculo, sem comprometer a rigidez e a dinâmica de condução esperadas em um carro de Maranello.
"A terceira geração da suspensão ativa de 48 V, já presente no Purosangue e aperfeiçoada no F80, eleva ainda mais o conforto, o controle e a dinâmica do veículo, distribuindo as forças nas curvas de forma otimizada", afirma o comunicado da Ferrari.
No total, são três modos de condução — Range, Tour e Performance. As aletas atrás do volante permitem modular o torque e a potência em cinco níveis progressivos. E, para agradar os mais puristas, o som do carro foi desenvolvido para destacar as características únicas do motor elétrico. Conforme explica a fabricante italiana, um sensor de alta precisão capta as vibrações mecânicas dos componentes e as amplifica, criando uma experiência sonora que busca transmitir a dinâmica de condução ao mesmo tempo que fornece informações diretas ao piloto.
Mas, e a potência?
A Ferrari Elettrica desenvolve 1.129 cv (o eixo dianteiro gera 286 cv, e o traseiro, 843 cv) extraídos dos quatro motores elétricos. Cada um é responsável por uma roda. Portanto, tração integral. O torque é de brutos 106 mkgf. Entre 0 e 100 km/h, gasta apenas 2,5 segundos e tem velocidade máxima de 210 km/h. Isso porque o carro pesa 2.300 kg.
Mesmo com tanta potência, as baterias - 15 módulos com 210 células, que garantem centro de gravidade 8 centímetros mais baixo do que um modelo equivalente a combustão - permitem adição de 300 km de autonomia em uma recarga de apenas 20 minutos em equipamentoos de até 350 kW. Estima-se autonomia de 530 km, aproximadamente.
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