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Dirigir distraído é tão perigoso quanto embriagado, diz estudo

Relatório da seguradora Allianz revela que as distrações causadas pelo uso de tecnologias ao dirigir aumentam o risco de acidentes em 50%

24 jun 2024 - 09h34
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Além de ser perigoso, dirigir utilizando o celular pode render multa
Além de ser perigoso, dirigir utilizando o celular pode render multa
Foto: Fonte: Freepik

Para muitos motoristas, fazer uso de dispositivos eletrônicos que nada têm a ver com a condução do veículo é uma prática comum. É o que indica um estudo da seguradora Allianz, que revela que as pessoas estão utilizando mais os smartphones para ler ou enviar um texto enquanto dirigem, o que aumenta o risco de um acidente em mais de 50%.

“O estudo da Allianz mostra que a proporção de motoristas que pegam seus smartphones para ler ou enviar um texto aumentou quase dois terços entre 2016 e 2022, de 15 para 24%”, pontua Christoph Lauterwasser, head do Allianz Center for Technology (AZT). "Esse desenvolvimento é preocupante e perigoso”, completa o executivo.

"Usar um smartphone enquanto dirige tornou-se uma parte normal da vida cotidiana. Ao mesmo tempo, o número de possíveis distrações nos veículos está aumentando", diz Lucie Bakker, diretora de Sinistros da Allianz Versicherungs-AG. "Embora muitos motoristas estejam cientes do perigo, eles não transferem essa percepção para a condução do dia a dia. É isso que está no cerne do problema e pode ser fatal. A distração ao dirigir não deve ser um hábito."

Muitos motoristas ainda utilizam o celular para ligações e mensagens ao dirigir
Muitos motoristas ainda utilizam o celular para ligações e mensagens ao dirigir
Foto: Garagem 360

Em 2016, apenas um terço dos motoristas possuía um veículo com display central, para operar as funções de comunicação, entretenimento e conforto (computador de bordo). De lá para cá, essa proporção aumentou para quase 50%. Cerca de metade dos entrevistados no estudo da Allianz confirmou que se distrai ao operar o computador de bordo. O risco de acidentes aumenta em 44%. 

Algumas funções são particularmente arriscadas. Por exemplo, aqueles que abusam de uma função de direção assistida, como o sistema de assistência à faixa, para liberar as mãos do volante por períodos mais longos, têm uma chance 56% maior de sofrer um acidente. Se o rádio for operado por meio do computador de bordo, o risco quase duplica (89%).

Também estamos observando um aumento de riscos causados por outras distrações tecnológicas; em particular quando as pessoas fazem uso de funções ou aplicativos que vão além de mensagens de texto, chamadas telefônicas ou navegação. 

Utilizar o celular no trânsito pode causar acidentes graves
Utilizar o celular no trânsito pode causar acidentes graves
Foto: 135pixels | Shutterstock / Portal EdiCase

"Telefones celulares ou outros dispositivos eletrônicos portáteis estão sendo cada vez mais usados para jogar, selecionar músicas, ver fotos, navegar na internet ou outros propósitos. Em nossa pesquisa de 2016, apenas 6% admitiram realizar essas atividades enquanto dirigem. Em 2022, um em cada cinco (22%) afirmou fazer isso", declara Lauterwasser.

Em 2021, a categoria "Distração" foi integrada pela primeira vez aos relatórios de acidentes policiais na Alemanha. De acordo com o Federal Statistical Office, em 2021, 8.233 pessoas ficaram feridas em acidentes provocados pela distração ao volante e, dessas, 117 morreram, o que representa pouco menos de 5% de todas as mortes (2.562) decorrentes de acidentes. 

"No entanto, a coleta de dados oficial adota uma abordagem muito defensiva. São registrados apenas casos em que a atenção do motorista é claramente desviada do tráfego e o termo "distraído" não é usado. Altos padrões de evidência são exigidos no local do acidente, por isso o número de casos não notificados também é muito alto", afirma Jörg Kubitzki, pesquisador de Segurança do Allianz Center for Technology (AZT) e autor do estudo da Allianz. 

Os números de acidentes nos primeiros dez meses de 2022 também são motivos de preocupação. Por exemplo, o número de acidentes causados pela distração ao volante, que resultaram em ferimentos pessoais, aumentou em um quarto (23,5%) em comparação com o mesmo período de 2021.

Os motoristas com idades entre 18 e 24 anos correm um risco particular de condução distraída, uma vez que cerca de 30% dos motoristas utilizam o smartphone enquanto dirigem, contra uma média geral de 16% considerando todas as faixas etárias. Quatro em cada dez afirmam enviar ou ler mensagens eletrônicas com o celular na mão – um aumento de 2,5 vezes entre 2016 e 2022.

A maioria dos condutores ainda tem dúvidas sobre o monitoramento eletrônico do automóvel, que visa detectar o estado de consciência do motorista. Por exemplo, apenas 39% dos entrevistados aprovam uma câmera ou varredura infravermelha dos olhos, rosto ou cabeça, em que a tecnologia pode detectar distração. 

"Não deve ser sobre controle e restrições, mas sobre suporte. As mais recentes tecnologias de veículos e tráfego permitem avisar aos motoristas quando eles estão distraídos. Esse feedback só pode contribuir para uma mudança positiva de comportamento. Devemos fazer uso desses desenvolvimentos para tornar o tráfego rodoviário mais seguro para todos nós", conclui Christoph Lauterwasser.

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