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“Brasil precisa se aliar à China para recuperar tempo perdido”

Para Marcio Alfonso, responsável pela engenharia da GWM e ex-CEO da Caoa Chery, indústria chinesa de carros está muito avançada

1 mai 2024 - 07h30
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Marcio Alfonso, da GWM: Haval H6 PHEV34 é exemplo de solução para redução das emissões de CO2
Marcio Alfonso, da GWM: Haval H6 PHEV34 é exemplo de solução para redução das emissões de CO2
Foto: GWM / Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Dirigentes da indústria automobilística que estiveram no Salão de Pequim ficaram perplexos com o avanço tecnológico da indústria chinesa de carros. Um deles, na verdade, já sabia o que iria encontrar. Trata-de de Marcio Alfonso, Diretor de Engenharia de Produto e Inovação da GWM Brasil e ex-CEO da Caoa Chery, para quem “o Brasil precisa se aliar aos chineses para recuperar o tempo perdido”.

“Quando você busca mobilidade eficiente, é preciso desenvolver três etapas: gerar a energia, armazenar a energia e regenerar a energia”, disse Alfonso ao Guia do Carro. “Os chineses dominam as três etapas desde a cadeia do lítio, a fabricação de baterias cada vez mais baratas e eficientes, e também o desenvolvimento de motores a combustão interna, sistemas eletromecânicos e de gestão de energia inteligentes.”

Por isso, na visão do executivo brasileiro – que também trabalhou no projeto do Ford EcoSport –, o Brasil precisa se aliar o quanto antes à China. O que significa isso? “Fazer acordos e parcerias que possibilitem ter acesso imediato a essas tecnologias”, explicou Marcio Alfonso. “Se tentarmos desenvolver tudo localmente, vamos perder mais uma década.”

O engenheiro da GWM disse também que a utilização do etanol para sistemas de células de combustível ainda vai requerer grande esforço de pesquisa e desenvolvimento para se consolidar.

No caso do hidrogênio, as aplicações industriais e os veículos de transporte de carga devem ser os primeiros usuários. “Seja pela via da eletrólise, pela extração do hidrogênio natural ou pela reforma do etanol, eu acredito que isso pode funcionar na logística de ponta a ponta, especialmente no caso dos ônibus urbanos e transporte de carga”, disse Alfonso.

Marcio Alfonso também comentou que o hidrogênio é muito difícil de ser transportado e armazenado. “No curto prazo, segundo ele, o híbrido com etanol é uma solução eficaz, sobretudo na configuração plug-in com baterias de alta capacidade de armazenamento”, comentou. “Quanto maior a autonomia elétrica, maior a contribuição para a redução das emissões de CO2.” 

Se um carro tiver uma bateria muito pequena, sem capacidade de armazenar a energia, o ganho vai ser muito pequeno. Este pode ser o caso da maioria dos carros semi-híbridos (MHEV) que serão lançados a partir de 2025. “Por isso, como no Brasil a matriz energética é limpa, o carro elétrico a bateria e o híbrido plug-in são os mais eficientes, especialmente aqueles que conseguem rodar mais de 150 km no modo elétrico, como é o caso dos veículos GWM Haval plug-in”, completou.

Carro voador do Salão de Pequim é carro mesmo e será produzido:
Guia do Carro
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