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Anfavea: tarifaço de Trump vai afetar investimentos das montadoras no Brasil

Além das incertezas provocadas pelas tarifas dos EUA, atraso na regulamentação do Mover atrasam investimentos no setor automotivo

8 abr 2025 - 13h56
(atualizado às 18h40)
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Pedido de redução para CKD e SKD
Pedido de redução para CKD e SKD
Foto: Anfavea

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse nesta terça-feira, 8, que o tarifaço imposto por Donald Trump nos EUA vai afetar os investimentos da indústria automotiva no Brasil. “Vamos ter impacto nos investimentos, não tenham a menor dúvida”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Para além do cenário de incerteza provocado pelas tarifas dos Estados Unidos, a Anfavea colocou mais três pontos que preocupam ou atrasam os investimentos do setor no Brasil. Um deles é o atraso na regulamentação do Programa Mover, outro é a não antecipação das tarifas para carros eletrificados importados e o terceiro é um novo pleito de redução das alíquotas para produção de carros chineses nos sistemas CDK e SDK.

Márcio de Lima Leite disse que muitas montadoras da Europa e da Ásia terão que investir mais nos Estados Unidos, o que vai gerar capacidade ociosa no México, por exemplo, que tem livre comércio com o Brasil. Segundo ele, o México tem 37 plantas de veículos e mais de 1.000 fábricas de autopeças.

“Desses investimentos que estão sendo anunciados para o Brasil, parte poderá ser desviada para o México, tanto para a produção de veículos quanto de autopeças. As montadoras anunciaram investimentos de R$ 180 bilhões no Brasil até o final da década. 

O ponto que deixou o presidente da Anfavea mais irritado foi o da redução de tarifas para a produção de carros chineses em CDK (que chegam totalmente desmontados) ou SKD (que chegam semidesmontados). “Um pedido desses, se avançar, vai impactar os nossos investimentos na veia”, disse Lima Leite. Segundo ele, esta é uma posição das 27 associadas da Anfavea. Veja no quadro acima.

Na visão das montadoras tradicionais, tudo isso somado, e a estimativa de que este ano o Brasil vai importar 100 mil veículos, traz um cenário de atraso e incerteza para os investimentos já anunciados. Lima Leite disse que a vida dos executivos das montadoras estabelecidas no país vai ficar mais difícil quando tentarem defender investimentos no Brasil perante as matrizes europeias ou asiáticas.

“Por que vou investir no Brasil se eu tenho capacidade ociosa do México, na Coreia e no Canadá?”, perguntou Lima Leite, fazendo o papel do chefão da matriz. Perguntamos se essa transferência de investimentos não pode atrair novos investimentos da China para o Brasil. “Pode e está acontecendo”, disse o presidente da Anfavea.

Segundo ele, a associação que representa as montadoras tradicionais não é contra a indústria chinesa, mas quer que ela entre no país com produção local, gerando empregos e fluxo nas empresas de autopeças.

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