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ABVE passa a se referir aos híbridos leves como micro-híbridos

Mudança na nomenclatura dos modelos que usam a tecnologia MHEV visa dar mais clareza ao público sobre as novas tecnologias

9 mai 2024 - 16h14
(atualizado em 10/5/2024 às 14h55)
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Carros híbridos leves passam a ser chamados de micro-híbridos pela ABVE
Carros híbridos leves passam a ser chamados de micro-híbridos pela ABVE
Foto: ABVE / Guia do Carro

Os chamados híbridos leves passam a ser chamados oficialmente de micro-híbridos pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). Na sigla em inglês, esses carros são conhecidos como MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle). O objetivo da ABVE, segundo o presidente Ricardo Bastos, é dar mais clareza ao público sobre as novas tecnologias.

A medida da ABVE deve ter a simpatia de vários jornalistas especializados, pois os carros MHEV (agora chamados oficialmente de micro-híbridos) não têm tração elétrica, ao contrário dos HEV (híbridos convencionais) e PHEV (híbridos plug-in).

Alguns sites até já estavam usando, por conta própria, o nome semi-híbrido para se referir a esses carros e diferenciá-los dos verdadeiros híbridos não plugáveis (como Toyota Corolla, Toyota Corolla Cross, Honda Civic, Honda CR-V e Haval H6 HEV).

Há entre os especialistas até quem acredite que a letra E deveria ser retirada da sigla, justamente porque o pequeno motor elétrico não traciona o carro e faz apenas o papel de um alternador ou motor de arranque. Antes da onda dos eletrificados, a Mercedes-Benz, por exemplo, não considerava os MHEV como "carros híbridos".

Para o público, o nome "híbrido leve" muitas vezes é "abrevido" pelo marketing de algumas montadoras, que apenas utilizam o selo "Hybrid" para identificar seus carros. É o caso dos modelos Tiggo 5x Pro Hybrid, Arrizo 6 Pro Hybrid e Tiggo 7 Pro Hybrid, da Caoa Chery. Ou mesmo dos futuros Bio-Hybrid da Stellantis.

Além de não ter tração elétrica, como os modelos HEV e PHEV, os MHEV (agora Micro Hybrid Electric Vehicle) têm pouca eficiência no que diz respeito à redução de emissão de CO2, que é a razão dos existir dos carros híbridos e elétricos.

Segundo especialistas ouvidos pelo Guia do Carro, a redução é de 8% a 10% e ocorre principalmente no momento da partida. A redução de consumo também não passa de 10%. Mas é a tecnologia híbrida mais barata de ser aplicada; e, portanto, um bom começo para muitas marcas e modelos.

E o rodízio dos carros, como fica?

Apesar de a ABVE ter mudando a forma como se refere aos carros MHEV (de híbridos leve para micro-híbridos), isso não altera o status fiscal e ambiental desses carros. Por isso, todos eles continuam recebendo os benefícios por usarem uma nova tecnologia.

Mas isso também é um problema. A Land Rover, por exemplo, que possui veículos MHEV (micro-híbridos) a diesel com alta emissão de CO2 (acima de 150 g/km) goza do benefício de não participar do rodízio antipoluição de uma cidade como São Paulo, embora sejam mais poluentes do que, por exemplo, um Fiat Mobi Flex, que emite menos de 100 g/km de CO2, mas é obrigado a não circular nos dias e horários do rodízio.

Entre os 20 carros eletrificados mais vendidos em abril, quatro são micro-híbridos: Caoa Chery Tiggo 7 (403 vendas, Caoa Chery Tiggo 5x (298), Kia Stonic (147) e Mercedes-Benz Classe C (133 unidades).

Guia do Carro
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