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Jogamos: RailGods of Hysterra traz sobrevivência com ambientação Lovecraftiana

No controle de um maquinista em um trem monstro, o jogador deve explorar o desconhecido

10 fev 2025 - 11h59
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Jogamos: RailGods of Hysterra traz sobrevivência com ambientação Lovecraftiana
Jogamos: RailGods of Hysterra traz sobrevivência com ambientação Lovecraftiana
Foto: Reprodução / Digital Vortex Entertainment

Há um espaço muito grande para jogos baseados ou inspirados nas obras de H.P. Lovecraft, especialmente por conta de poucos dos já lançados terem a qualidade esperada pelos fãs das obras de terror cósmico.

RailGods of Hysterra, jogo de sobrevivência que está em desenvolvimento e o Terra pode testar em primeira mão, tem muito potencial para preencher um pouco desta lacuna da indústria.

Ambientação sombria

Se no gameplay você já sabe o que esperar de RailGods of Hysterra por ser um jogo de sobrevivência, por outro lado a ambientação até que surpreende. Durante a pouco mais de uma hora da demonstração, os ambientes foram sombrios e com toques de terror na medida, fazendo jus à obra original. Essa parte é de extrema importância pela escolha gráfica, que, embora estilizada, consegue passar essa imersão sem ficar caricata ou sem peso.

O cenário de cada mapa é repleto de enigmas visuais, com inimigos loucos e corpos estranhos pelo caminho. Através de mensagens e marcos no ambiente, o jogador vai desvendando o que aconteceu ali, na medida do possível. O maior feito, no entanto, é o balanceamento bem legal do sombrio com pontos de cores vibrantes. Em um dos mapas, por exemplo, encontrei um local com um totem de inimigos que possuem metade do corpo de criatura aquática, quase como peixes. O local tem sangue, é escuro e ao mesmo tempo traz contrastes coloridos pelas chamas roxas e escritas enigmáticas e brilhantes pelo chão e paredes. O desconhecido enlouquece, mas também é convidativo, um acerto para qualquer jogo lovecraftiano.

O mais legal é que o jogo já conta com localização para o nosso idioma, com os textos bem traduzidos e encaixados na interface. Isso ajuda com a parte da lore, especialmente com os textos espalhados pelo caminho dos mapas. Um diferencial para convencer o público brasileiro.

O Deus Trem é a locomotiva para o desconhecido
O Deus Trem é a locomotiva para o desconhecido
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Gameplay sem enrolação

Seu personagem, criado no primeiro minuto de jogo, está no mundo dos sonhos e é um maquinista de um trem monstruoso e possuído por uma criatura cósmica, o Deus Trem.. A criação reflete bem a temática escolhida e dá uma série de opções dentre roupas e estrutura corporal para cumprir o papel dado pelo jogo. 

A partir daí rola um tutorial bem feito e interativo, onde precisamos eliminar os primeiros inimigos, descobrir um pouco mais sobre a área e entender o básico de coleta de recursos e criação de objetos primários, como machado, picareta e bandagens. Neste primeiro momento já é possível ver as influências, como o inventário inspirado em Don’t Starve.

Assim que adquirimos o controle do trem, é possível visualizar a real proposta aqui, que é dividida em dois momentos distintos: a exploração e a manutenção da sua base, o trem. Na primeira é preciso explorar os mapas pelo caminho percorrido. O trem pode ser movimentado e segue uma série de caminhos pelo mapa mundo. Nas paradas é possível deixar o trem e explorar o ambiente. Cada local conta com recursos, inimigos e histórias próprias, o que dá uma vontade enorme de explorar. 

Os sistemas de construção são diretos e sem complexidade desnecessária
Os sistemas de construção são diretos e sem complexidade desnecessária
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Já no momento de cuidar da base o jogador precisa dominar as diversas mecânicas disponíveis no trem e é aqui que o jogo brilha muito e tem seu maior potencial. É possível construir novos vagões e colocar equipamentos específicos para o tipo escolhido, como agricultura, criação de equipamentos, cozinha, dentre outros. O mais legal é que a construção é super intuitiva e direta, sem precisar ficar sofrendo para entender como o jogo lida com telhado ou outros pormenores. O foco é total na parte divertida e sem precisar ficar procurando vídeos de explicação na internet para entender as mecânicas.

Mesmo nesta fase alfa do jogo já há uma quantidade impressionante de matérias primas, que podem ser estudadas para criar novos projetos de equipamentos e vagões construídos no trem. A coleta de materiais também é bem direta. Machados não ficam quebrando, árvores caem rápido, gerenciar o seu inventário é fácil e rápido. Não há aqueles momentos chatos de coleta demorada de recursos que soam como execução de tarefas domésticas.

O sucesso ou não do jogo vai depender do seu conteúdo. Andar com o trem é legal e os ambientes são bem grandes e repletos de segredos, mas ainda faltam eventos e mais polimento aqui e ali. A interface de objetivos ainda polui muito a tela e algumas coisas estão bastante bugadas. Até o lançamento o time tem a chance de resolver tudo isso e, espero, sem pressa, podem construir o conteúdo necessário para algo realmente especial.

Há boas opções de customização de personagem
Há boas opções de customização de personagem
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Considerações

RailGods of Hysterra acertou muito na ambientação e tem gameplay bastante polido e variado para um alfa. As ideias são promissoras e construir sua base em um trem monstruoso é genial. Com conteúdo de qualidade e um pouco mais de polimento, deve fazer um baita sucesso no Steam.

Fonte: Game On
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