Last Flag será "acessível para quem não tem muito tempo livre", diz estúdio ao Game On
Na BGS 2025, a Night Street Games apresentou Last Flag na área BGS Indies, com foco em partidas curtas e cheias de estratégia
A Brasil Game Show 2025 abriu espaço para dezenas de jogos independentes mostrarem suas ideias ao público, e Last Flag foi um dos que mais chamaram atenção. Desenvolvido pela Night Street Games, o título mistura ação em equipe e estratégia com uma proposta criativa: esconder a bandeira antes da partida começar.
Durante o evento, batemos um papo com Diei Aquino, produtora da equipe de design e também responsável pela dublagem da personagem brasileira Camilla, e com Sebastian Cavazzoli Villoldo, designer de personagens em 3D. Eles comentaram sobre o processo criativo, os desafios de desenvolvimento e o que o público pode esperar dessa mistura entre competição e descontração.
Game On: Diei, como produtora de design e responsável pela dublagem da personagem brasileira Camila, como foi o desafio de equilibrar o design visual e a personalidade da personagem com sua voz no jogo?
Diei Aquino: Na voz, eu até brinquei dizendo que foi minha oportunidade de ser eu mesma. Camila é uma cientista meio maluca, não chega a ser má, mas se diverte com o que suas criações podem fazer. Quando fui trabalhar no visual dela, pude explorar esse lado mais excêntrico e caótico, o que foi muito divertido e combinou bastante com a personagem.
Game On: A Camilla traz uma representação brasileira dentro do universo de Last Flag. Como vocês trabalharam para que ela não soasse estereotipada e tivesse uma personalidade autêntica?
Diei Aquino: Tentei deixá-la o mais longe possível dos estereótipos. Poderíamos ter optado por um sotaque forte ou algo do tipo, mas quisemos que ela fosse apenas uma pessoa comum. O fato de ser brasileira não a define dentro do jogo. Se ninguém te contar que ela é brasileira, talvez você nem perceba, e é exatamente isso que queríamos: que ela fosse uma personagem com seu próprio espaço e história, como todos os outros.
Game On: A mecânica de esconder a bandeira no início da partida é um dos grandes diferenciais. Como vocês lidam com mapas grandes ou muitos esconderijos para evitar que as partidas fiquem arrastadas?
Diei Aquino: Criamos a mecânica das torres de controle justamente para isso. Durante os testes, percebemos que algumas partidas estavam demorando demais, então implementamos um sistema em que, a cada 30 segundos, uma torre revela um local onde a bandeira não está. Isso ajuda a acelerar o ritmo e mantém o jogo mais dinâmico.
Além disso, aos 15 minutos de partida ocorre o overtime, momento em que todas as bandeiras são reveladas. Se alguém pegar a bandeira e conseguir levá-la até a pirâmide, o jogo termina. Caso ninguém vença até os 20 minutos, o time com mais pontos é declarado vencedor.
Game On: Como Last Flag pode se destacar nesse mar de jogos online que disputam a atenção dos jogadores o tempo todo?
Diei Aquino: Acho que o principal diferencial é justamente o sistema de esconder a bandeira, que torna cada partida única. É o tipo de mecânica que te deixa empolgado, querendo jogar de novo. Além disso, por termos partidas mais curtas, de cerca de 20 minutos, queremos que o jogo seja acessível também para quem não tem muito tempo livre, mas ainda quer se divertir com os amigos.
Sebastian Cavazzoli: Concordo. O fato de nunca saber onde a bandeira está faz com que cada partida seja diferente. Às vezes você perde e quer tentar mais uma para encontrá-la, ou ganha e quer repetir a sensação. Há várias formas de jogar, capturando torres, procurando a bandeira, atacando inimigos ou coletando recursos para o time. Isso garante que Last Flag nunca se repita e sempre traga algo novo a cada sessão.
Last Flag será lançado em 2026 para PC e consoles.