Jogamos: Capy Castaway é a nova promessa dos jogos acolhedores e se destacou na BGS 2025
O título independente da Big Blue Sky Games e Kitten Cup Studio encantou os visitantes da área indie do evento
Os chamados cozy games, ou jogos acolhedores, vêm conquistando cada vez mais espaço entre os jogadores que buscam experiências leves e reconfortantes. Em meio a esse movimento, Capy Castaway surge como uma das apostas mais encantadoras do gênero.
Desenvolvido pela Kitten Cup Studio e publicado pela Big Blue Sky Games, o jogo esteve disponível para testes durante a BGS 2025, oferecendo uma amostra do que promete ser uma jornada cheia de charme, cooperação e amizade.
Uma amizade diferente
Antes de começar o teste, fui contextualizado sobre a história. A protagonista é uma capivara chamada Capy, que tem como fiel companheiro um corvo chamado Corvi. Quando me explicaram essa amizade improvável, achei curioso, mas logo tudo fez sentido: após uma enchente atingir o zoológico onde Capy vivia, ela acaba em uma ilha remota, onde Corvi surge como um guia espirituoso e bem-humorado, sempre pronto para explicar o que está acontecendo.
O objetivo da demonstração era simples: explorar o ambiente, coletar ingredientes e preparar uma sopa de proporções cômicas para um pato gigante de três cabeças.
Os ingredientes estavam sinalizados por placas, e em caso de dúvida era possível conversar com o chef próximo à panela central. Nela, era necessário jogar os itens usando Capy ou pedindo para Corvi carregá-los e soltá-los do alto. Nesse processo, tive certos contratempos. Alguns ingredientes acabaram parando na borda da panela e não consegui recuperá-los depois, mas é algo fácil de relevar, já que o jogo ainda está em desenvolvimento.
A demonstração se resumia a isso, mas a proposta funcionava bem. Era possível explorar parte da ilha em busca dos ingredientes e conversar com outros personagens, e a leveza da experiência fez o tempo passar sem eu perceber.
O jogo também podia ser jogado em modo cooperativo, com outro jogador controlando Corvi, mas optei por seguir solo. Achei interessante que o personagem secundário não é controlado pela máquina: quando ele não está nas costas de Capy, é possível movimentá-lo com o analógico, usando-o para alcançar áreas distantes ou interagir com objetos do cenário. Há momentos divertidos de interação entre os dois, como quando Capy fica em um balanço enquanto Corvi puxa conversa, além de pequenos detalhes, como os chapéus que podemos equipar na protagonista.
Algo que realmente merece destaque é a direção de arte. As cores são vibrantes, os personagens têm um visual carismático e todo o conjunto transmite uma sensação de calma e conforto. É um jogo visualmente relaxante e aconchegante, e depois dessa demonstração, fiquei ainda mais curioso para ver como Capy e Corvi vão desenvolver sua jornada completa.
Capy Castaway está sendo desenvolvido para PC e ainda não possui data de lançamento.