Conegliano reage e evita feito histórico de um batalhador Osasco
Foram quase dois sets perfeitos do Osasco/São Cristóvão Saúde contra o campeão de tudo Conegliano. Um inimaginável 2 a 0 esteve a apenas dois pontos de acontecer a favor das donas da casa. Mas o conto de fadas na semifinal do Campeonato Mundial feminino de clubes de vôlei, no Ginásio do Pacaembu, em São Paulo, se transformou no desfecho mais óbvio: vitória das italianas.
De virada, o atual detentor do título venceu as anfitriãs por 3 sets a 1, parciais de 21-25, 25-23, 25-16 e 25-16. Na final, neste domingo (14/12), às 16h30, confronto entre Conegliano x Scandicci, valendo o tetra para o time de Gabi. Na preliminar, a partir das 13h, Osasco e Dentil/Praia Clube duelarão pelo bronze para o Brasil.
O favorito ganhou, como se esperava. Osasco, porém, fez bonito. E tem que ser aplaudido por ter conseguido colocar nas cordas um rival do tamanho do Conegliano na parte inicial da semi.
PRIMEIRA METADE DO JOGO
O primeiro set da semi já entrou para a história do projeto de Osasco. O time paulista foi soberano. Colocou pressão sacando em Gabi, errou pouco no saque e no ataque (apenas cinco), conseguiu minimizar o efeito Isabelle Haak, jogou quase o tempo todo com o passe na mão, foi bem no sideout e defendeu demais. Parece uma receita de bola, mas não é nada fácil de colocá-la em prática contra o Conegliano.
Já o time italiano, pela primeira vez, não se sentiu em casa em São Paulo neste Mundial. Teve vaia para a "sueca-brasileira" no saque, teve muito xingamento para Santarelli após uma reclamação dele contra a arbitragem e teve um time extraterrestre jogando como um simples mortal. Assim o placar final de 25 a 21 para Osasco foi justíssimo.
Ace na De Gennaro. Haak substituída pelo Adigwe. Fita ajudando o saque de Osasco duas vezes. Vantagem de quatro pontos no placar já na reta final (22 a 18), com grande parte do Pacaembu delirando. Tudo parecia conspirar para o raio cair duas vezes no mesmo lugar. Mas o Conegliano estava vivo.
Com um ataque de Cugno, Osasco fez 23 a 20. E daí pra frente parou! Um ataque de Haak, de volta ao jogo, um erro ofensivo de Cugno, um longo rally terminando com block de Chirichella na oposta argentina. E o 23 a 23 chegou. Luizomar inverteu o 5-1 e no primeiro lance Marina Sioto cometeu uma violação de toque na rede e na sequência Gabi decretou a virada.
SEGUNDA METADE DO JOGO
Qualquer time, em qualquer esporte, sentiria o baque do revés. Osasco também sentiu. Conegliano abriu frente logo de cara (4 a 0) e pôde pela primeira vez na semi jogar mais à vontade. Maira entrou no lugar de Maiara Basso, depois veio Valquíria no lugar de Larissa. Santarelli também tirou Zhu e viu Gabi assumir o protagonismo já que a ponta chinesa e a oposta sueca pareciam sentir demais o calor paulistano. O 25 a 16 mostra como o jogo mudou!
A sequência teve script parecido, com as italianas no controle e no domínio. Na pontuação final, equilíbrio: Gabi (18), Baird (16), Cugno (14) e Haak (14).