Fabrizio Gallas: 'Sem contundência, Bia Haddad perde chance importante'
Colunista Fabrizio Gallas faz avaliação de derrota precoce de Bia Haddad em Adelaide
Pavlyuchenkova tem histórico no circuito, já foi vice de Roland Garros, tem um tênis vistoso, moderno e agressivo e um bom ranking. Fez uma excelente partida. Os números mostram. Foram 26 bolas vencedoras. Aproveitou bem as condições rápidas da quadra central de Adelaide.
Bia Haddad não foi mal, mas também não foi bem. Falhou em um momento chave no quarto game do primeiro set com a vantagem, uma bola razoavelmente fácil jogou longe, depois mais dois erros. Ficou quebra abaixo e permitiu que a confiança da rival se elevasse.
Faltou contundência e imposição. Jogar com uma top 15. Deixou a rival ditar o ritmo. Faltaram também recursos e variação para a paulistana. Mudar um pouco o jogo, ter um plano B, achar um buraco diante de uma adversária que jogava muito tênis. Ganhar jogando um pouco mais feio, sem ficar apenas dando na bola.
É só o começo da temporada. Não é uma derrota para se preocupar, mas também não é nada para se comemorar. É fazer os ajustes para chegar bem no Australian Open que é o que realmente interessa e onde a brasileira tem muito a somar por conta da campanha abaixo no ano passado.
Enquanto isso, Thiago Wild perdeu match-points, mas se garantiu como lucky-loser em uma chave até mais interessante do que teria se tivesse passado o quali. Encara Alex Bolt, fora do top 300 e pode ter Tommy Paul sem ritmo nas oitavas. É uma boa oportunidade.