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Tênis

Com custo de R$ 20 mi, Federer Tour defende ingressos caros

8 dez 2012 - 08h07
(atualizado às 11h16)
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Henrique Moretti
Direto de São Paulo

O custo de organização do Gillette Federer Tour rondou a casa dos R$ 20 milhões de reais. A turnê de exibições liderada pelo suíço Roger Federer reúne em São Paulo algumas das principais estrelas do tênis mundial a um custo bastante alto. Isso se reflete no preço dos ingressos, vendidos no Ginásio do Ibirapuera por R$ 500 para cadeira superior e R$ 990 para cadeira inferior.

Além de Federer, atual número 2 do mundo, a série de jogos agrupa outro integrante do top 10 do ranking masculino, o francês Jo-Wilfried Tsonga, e quatro integrantes do top 10 da lista feminina, a bielorrussa Victoria Azarenka, a russa Maria Sharapova, a americana Serena Williams e a dinamarquesa Caroline Wozniacki. Entre os estrangeiros, destacam-se ainda os gêmeos americanos Mike e Bob Bryan, líderes do ranking mundial de duplas.

Segundo Luis Felipe Tavares, presidente da agência promotora do evento, a Koch Tavares, o custo total do tour, o que inclui os cachês recebidos pelos jogadores e os demais gastos referentes à organização, é de aproximadamente R$ 20 milhões. Segundo o jornal suíço Blick, Federer está recebendo de US$ 10 a US$ 12 milhões (de R$ 20,7 a R$ 24,9 milhões) por toda a turnê da qual participa na América do Sul - após completar as três partidas programadas no Brasil, disputará mais duas na Argentina e uma na Colômbia, sempre em dezembro.

Tavares não quis entrar em detalhes quanto à forma como os custos são divididos entre o patrocinador principal do evento e os demais, entre os quais estão o governo e a prefeitura de São Paulo, mas defendeu os preços altos como necessários para "a conta bater".

"Se você for ver as estrelas que estão aqui, aí você vê o show da Madonna quanto custa para que a conta possa bater, senão a conta não bate", disse. A cantora americana citada pelo empresário se apresentou em São Paulo duas vezes nesta semana no Estádio do Morumbi, com ingressos entre R$ 170 e R$ 850 (valor da entrada inteira).

No Federer Tour, a entrada inteira é vendida na bilheteria por R$ 500 para cadeira inferior e R$ 990 para cadeira superior. Segundo a assessoria do evento, há bilhetes para domingo, mas não para sábado. Nesta quinta-feira, na abertura, havia bastantes cadeiras vazias na primeira partida da rodada, a vitória dos irmãos Bryan sobre os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares. No jogo seguinte, o público melhorou para acompanhar a vitória do brasileiro Thomaz Bellucci sobre Federer, mas não esgotou a capacidade do Ginásio do Ibirapuera, de aproximadamente 10 mil espectadores.

Nesta sexta, o cenário se repetiu, com a presença dos fãs sendo menor para ver Sharapova, Wozniacki, Tsonga e Bellucci. A organização promete divulgar o número exato de ingressos vendidos ao fim da turnê.

"Eu ouvi que estava tudo vendido, nunca gosto de ver assentos vazios", disse o suíço, após a derrota de quinta-feira. "Os preços estavam altos, e há pessoas que talvez tivessem o ingresso e não tenham vindo por causa da chuva, do trânsito, isso acontece em cada grande torneio como Grand Slam ou Olimpíada".

Segundo apurou a reportagem, na tarde de quarta-feira, um dia antes da abertura do evento, havia 500 bilhetes disponíveis para a primeira jornada de jogos. "O investimento é grande, os ingressos não são baratos, mas acho que foi dentro do previsto. Estamos procurando atender todas as comunidades do tênis", disse Tavares.

O empresário, cuja agência também promove anualmente os torneios oficiais Brasil Open e ATP Challenger Finals, "pretende dar continuidade" a projetos como o Federer Tour. "Temos várias ideias no nosso radar", completou.

Ginásio do Ibirapuera não lotou em Sharapova x Wozniacki
Ginásio do Ibirapuera não lotou em Sharapova x Wozniacki
Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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