Berdych apoia passaporte biológico e ataca sistema antidoping: "desastre"
Segundo Tomas Berdych, o sistema antidoping no tênis mundial é um “desastre”. O checo, sexto colocado do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), pediu mais exames de sangue e criticou o cenário atual, conforme publica o jornal suíço Blick.
Berdych, que nesta semana disputa o ATP 500 de Barcelona, afirma que os jogadores têm de especificar “todos os dias” às autoridades o lugar nos quais se encontram. Ele lembra que vem fazendo isso “por três ou quatro anos”, mesmo assim foi submetido a “apenas dois testes” nos períodos fora dos torneios.
O checo classifica essa exigência como “sem sentido”, questionando por que têm de se reportar desse modo se os responsáveis pelo antidoping se dirigem até ele “apenas duas vezes em quatro anos”.
Classificando o sistema como um “desastre”, Berdych se declara a favor do passaporte biológico, novidade que será introduzida contra o doping no tênis. Atualmente, a Federação Internacional de Tênis (ITF) promove somente testes de urina e sangue.
O passaporte biológico segue o perfil sanguíneo do jogador ao longo de um período de tempo, com o objetivo de notar algumas mudanças que possam indicar o uso de doping. O sistema já é utilizado no atletismo e no ciclismo e causou punições a atletas que não haviam testado positivo para substâncias proibidas.
Neste ano, o suíço Roger Federer, número 2 do mundo, e o britânico Andy Murray, número 3, já haviam se declarado favoráveis a mais testes sanguíneos no tênis. Em fevereiro, Federer se disse também favorável ao passaporte biológico. Na ocasião, o suíço afirmou sentir que “o tênis é muito limpo”, porém ressaltou que “é importante que o esporte permaneça confiável”.