Pilhado, W. José ameniza crise pós-Barça e adia "vida útil" de interino
Claudinei Oliveira disse que escalaria o Santos sem levar em consideração pressões externas. Assim o fez. O técnico interino bancou a contestada defesa veterana composta por Léo, Edu Dracena e Durval para tirar da equipe Galhardo, Leandrinho e Thiago Ribeiro. A resposta no clássico veio justamente com um dos substitutos, o centroavante Willian José. Pilhado e de volta a titularidade após três partidas, o camisa 9 evitou o aumento da crise pós goleada sofrida para o Barcelona e garantiu empate por 1 a 1 com o Corinthians nesta quarta-feira. O ex-reserva deu a Claudinei, provavelmente, a chance de seguir no cargo até domingo
Bastante enervado, o jogador iniciou o jogo marcado por não aliviar nas divididas. Em uma delas acertou o zagueiro Paulo André, que reclamou do rival. O troco do corintiano veio minutos depois, em falta no atacante, que ainda discutiria com Gil.
Sumido no primeiro tempo, à exceção de um chute sem grande perigo aos 8min, acompanhava o jogo de vontade e pouca confiança tática de sua equipe, que corria para empatar o placar.
A mudança de postura no segundo tempo animou o Santos, Movimentando-se com Neilton, Willian José passou a abrir espaços para Montillo criar. Foi premiado com bela assistência do argentino e conclusão perfeita, aos 10min.
Não durou muito, no entanto. Pouco acionado, chegou ao estopim do nervosismo após falta cometida por Gil em Neilton. O zagueiro discutiu com o camisa 11 e iniciou confusão generalizada. Willian José tentou agredir o goleiro Cássio e acabou expulso com o zagueiro Paulo André, com quem se estranhou durante todo o primeiro tempo.
Apesar da perda, Claudinei pouco alterou o time, adiantou Montillo para atuar mais próximo de Neilton, único atacante de ofício em campo e promoveu as entradas de Mena na vaga de Léo e Galhardo no lugar de Cicinho. Pouco aconteceu.
O responsável por evitar mais um prejuízo na auto-estima santista agora é prejuízo para Claudinei Oliveira, que não contará com o jogador para a partida diante do Cruzeiro. O treinador, por sua vez, ainda trabalha com as sombras de Abel Braga e Ney Franco.