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Após sucesso no Sampaio Corrêa, Pantera Negra tenta levar CRB à 1ª divisão

Andrey Ventura, que ganhou o apelido da torcida, vem tendo ótima temporada e vai tentar ajudar no novo clube na Série B

11 out 2019 - 04h44
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Destaque do Sampaio Corrêa na campanha que culminou no vice da Série C, o goleiro Andrey Ventura foi emprestado ao CRB para disputar a reta final do Campeonato Brasileiro da Série B. Aos 26 anos, o carioca do Rio de Janeiro caiu no gosto da torcida maranhense e até ganhou o apelido de Pantera Negra dos fãs da equipe.

"A torcida do Sampaio é bastante intensa. Quando eles percebem o profissionalismo do jogador e o resultado vem, eles ficam muito felizes. Esse apelido veio logo que lançou o filme 'Pantera Negra'. Eu estava vivendo uma ótima fase, com boas atuações, e aí por causa da aparência e porque a pantera ser um animal rápido e de reflexo, ganhei o apelido", contou, em entrevista ao Estadão.

As boas atuações colocaram Andrey como ídolo da torcida. Seu carisma também ajudou na tarefa. Muitas vezes, ele se misturava aos fãs e tirava fotos em comemorações, principalmente quando o time garantiu o acesso à Série B. "Tenho muito carinho por eles. Me abraçaram de verdade, sempre me apoiaram bastante, então é um clube que tem um significado muito grande na minha vida", disse.

Quando era pequeno, Andrey gostava de dois jogadores: o atacante Romário e o goleiro Dida. "Os dois estavam no auge e eu admirava ambos. Tentei jogar no ataque, mas ouvi que não dava. Aí me encantei com as defesas do Dida, pela frieza dele, e resolvi ser goleiro. Iniciei no futsal, depois fui jogar campo no Fluminense, onde fiquei cinco anos, então fui para o Botafogo e me profissionalizei. A partir daí comecei a rodar, passei por Volta Redonda, Sampaio Corrêa e estou no auge da minha carreira."

Para ele, a campanha do Sampaio Corrêa na Série C deste ano provou o valor do grupo. "Minha temporada foi muito boa e fico feliz por isso. Infelizmente não foi coroada com o título, mas tínhamos o objetivo de garantir o acesso e conseguimos. O ano começou bastante turbulento, as pessoas duvidavam muito e achavam que iríamos brigar para não cair. Conseguimos calar a boca de muita gente e tivemos o acesso."

Apesar da derrota para o Náutico na final, o jogador ganhou bastante visibilidade e acabou se transferindo para o CRB, de Alagoas. "Ser destaque de uma competição nos valoriza. Aparecem sondagens de clubes e estou feliz por isso. A valorização é boa para mim e para o Sampaio. Tenho de continuar trabalhando para alcançar meus objetivos", contou.

Como não poderia deixar de ser, sua principal meta e conseguir jogar novamente pela seleção brasileira. Ele esteve nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, quando conquistou a medalha de bronze. "Sonho voltar para a seleção e vou continuar trabalhando para quem sabe um dia isso acontecer. Sonho todos os dias com isso e trabalho muito para conseguir."

Se Andrey espera uma chance, seu irmão Andrew está comemorando. Foi convocado há três meses para a seleção brasileira Sub-18 e ele também é goleiro (atua no Botafogo). "Em 2010 levei meu irmão para lá. Eu estava distante da minha família porque tinha saído de casa no ano anterior, e meus amigos do bairro sempre diziam que meu irmão tinha o dom, pois ele não tinha medo, se jogava. Lembrei de mim lá atrás. Deu certo e é muito bacana ter um irmão goleiro", revelou Andrey.

Outro irmão, Carlos Henrique, é zagueiro e está no Atlético-MG. "É bacana ter uma família assim", afirmou o jogador, que tem 1,90m de altura e atua com a camisa 42 em homenagem ao pai, que faleceu quando tinha 42 anos. Nesta sexta-feira, Andrey já estará vestindo a camisa do CRB para o duelo com o Guarani. O jogador espera ajudar o time alagoano e conquistar a vaga no Campeonato Brasileiro do próximo ano.

Estadão
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