Empolgado por encontro com Dida, Cássio pedirá camisa ao ídolo
Por:Tossiro Neto
20 jul2012 - 05h00
(atualizado às 09h36)
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Ambos têm 1,95m e fazem parte da história do Corinthians. Neste sábado, Cássio encontrará Dida pela primeira vez, no confronto com a Portuguesa, no Pacaembu. Enquanto o primeiro acaba de ser campeão da Copa Libertadores, o último estava parado há duas temporadas depois de defender o Milan e aceitou convite da equipe rubro-verde para voltar a jogar.
Empolgado, o corintiano nascido no Rio Grande do Sul admite tietar o baiano de 38 anos. "O Dida foi campeão pelos clubes em que passou. É sempre bom conversar com pessoas que têm experiência, algo a falar para te ajudar. Pretendo conversar com ele, trocar camisa...", diz o jogador, 13 anos mais novo do que o ídolo.
O agora arqueiro da Portuguesa já havia sido assunto de entrevista de Cássio em outra oportunidade. Antes de enfrentar o Vasco pelas quartas de final da Libertadores, ele se disse um bom pegador de pênaltis como Dida. "Sei que ainda tenho um longo caminho pela frente, mas seria muito bom ouvir comparações com um grande goleiro como o Dida. Espero estar bem também em uma eventual decisão de pênaltis da Libertadores", comentou, à época.
O goleiro baiano é ídolo não somente de Cássio, mas também de muitos corintianos por já ter passado pelo clube do Parque São Jorge. Lá, ficou marcado por defender duas cobranças de pênalti de Raí, do São Paulo, em um mesmo jogo da semifinal do Campeonato Brasileiro de 1999. Também foi decisivo dessa forma na final do Mundial de Clubes de 2000, diante do Vasco, no Maracanã.
"Como ser humano, sei pouco, mas só falam coisas boas a respeito dele. Como profissional, teve uma carreira brilhante. Vai ser um grande duelo, e espero que o Corinthians saia vencedor", conclui o atual titular da meta alvinegra.
Com dia em campo, torcidas tiveram motivação a mais para vencer o frio do fim de tarde de São Paulo
Maradona polemizou novamente. Ao descrever o Corinthians, campeão da Copa Libertadores da América sobre o seu Boca Juniors, o ex-jogador exagerou ao comentar sobre a dupla de volantes Ralf e Paulinho. Relembre aqui no Terra essas e outras declarações polêmicas de um dos maiores jogadores da história do futebol
Foto: Getty Images
Sobre Ralf, Paulinho e o time corintiano: "uma equipe muito organizada, que sai em contragolpe, preenche os espaços e que tem dois orangotangos no meio de campo que chegam em todas as bolas e um goleiro que alcança as duas traves"
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Ainda começando a trajetória internacional, Neymar já acabou sendo vítima do pouco pudor de Maradona: "esse garoto é um mal educado, não tem respeito, assim como Pelé. Messi é um jogador excepcional e duvido que alguém possa superá-lo."
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Durante a Copa do Mundo de 2010, quando era técnico da Argentina, após ser criticado por Pelé e Platini: "isso não me surpreende. Pelé que volte para o museu. Sobre Platini, sempre tive uma relação distante com ele. Sabemos como são os franceses. Ele é francês e acredita que é maior que os outros. Nunca dei bola a ele"
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Antes do Mundial, em 2010, Maradona fizera uma promessa polêmica em caso de título com a seleção argentina. Se conseguisse levar o país ao tricampeonato mundial, o então treinador garantiu que ficaria pelado no Obelisco - monumento localizado na Avenida Nove de Julho, a maior da capital argentina
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Em 20 de maio de 2010, no dia em que anunciou a lista dos 23 convocados da Argentina para a Copa do Mundo, Diego Maradona atropelou um cinegrafista ao chegar à sede da AFA (Associação do Futebol Argentino). Depois do ocorrido, o então treinador não demonstrou remorso: "que idiota você é! Como vai colocar a perna embaixo da roda?"
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No ano de 2009, ao conseguir um duro empate por 1 a 1 com o Uruguai, em Montevidéu, e classificar a Argentina para o Mundial, Maradona disparou contra os críticos: "chupem agora! Estou agradecido ao povo, aos jogadores e a ninguém mais. Aos demais, que chupem, que sigam chupando. Isso é para os que não acreditaram na seleção e que me trataram como um lixo. Hoje, estamos no Mundial sem a ajuda de ninguém"
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Amigo de políticos como Fidel Castro e Hugo Chávez, contrários ao regime americano, Maradona disparou diversas vezes contra o governo de George Bush, que permaneceu como presidente dos EUA entre 2001 e 2009. Contrário à Guerra no Iraque, o argentino disparou em 2003: "Bush é assassino. Prefiro ser amigo de Fidel Castro"
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Um dos principais alvos da língua afiada de Maradona é Edson Arantes do Nascimento. A rivalidade com o brasileiro pela honraria de "melhor da história" pautou o argentino em um encontro com o rei do Futebol no ano de 2000. "Quando abracei Pelé em Roma, quase o perguntei o que ele sentia por ter sido segundo"
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"Drogo-me, mas não vendo cocaína. Como traficante morro de fome". Diego Armando Maradona, em 2000, ano no qual o jogador enfrentou um dos mais graves problemas com as drogas - chegou até a ser internado em Cuba para se tratar
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As constantes cobranças por paternidade chegaram ao limite no ano de 1999. Depois de ficar provado que não era pai de uma argentina de três anos, na época, Maradona disparou: "minhas filhas legítimas são Dalma e Gianina. Os outros são filhos do dinheiro e do equívoco"
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Marcado pelas seguidas polêmicas depois do término da carreira, Maradona demonstrava um comportamento blasé em relação às cobranças pela postura. "Só peço que me deixem viver minha própria vida. Eu nunca quis ser um exemplo"
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A Fifa também se tornou nos últimos anos um dos principais alvos de Maradona. O ex-jogador nunca escondeu a reprovação em relação ao presidente Joseph Blatter e evitou qualquer tipo de associação com o suíço. "Blatter me quer como um filho. Sim...como um filho da p..."
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Em 1997, Maradona atacou a Fifa e...Pelé. "Pelé é um escravo. Vendeu seu coração à Fifa. Depois, quando a Fifa briga com ele, quer ser amigo de nós jogadores"
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Maradona nunca escondeu o problema com as drogas. "Para todo o mundo fui um drogado, sou um drogado e serei um drogado", disse, em 1996
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Não apenas o governo de George W. Bush virou alvo das duras palavras de Diego Maradona. Em 1996, com problemas burocráticos para conseguir entrar nos Estados Unidos, o ex-jogador, fichado pelos americanos como uma "pessoa perigosa e com problemas com drogas" disparou: "queria ir para os Estados Unidos, mas (Bill) Clinton não me deixa entrar"
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Na primeira entrevista depois do flagra no Mundial dos Estados Unidos, Maradona manifestou o baque pela notícia: "sinto como se me tivessem cortado as minhas pernas"
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Estrela do Napoli e um dos atletas mais queridos na Itália, Maradona foi o jogador mais apoiado durante a Copa de 1990 - obviamente, tirando o elenco italiano. Após a derrota na decisão para a Alemanha, a estrela disparou contra a festa de alguns críticos do país (e torcedores de outras equipes): "nunca imaginei que tivesse gente que se alegrasse com a minha tristeza"
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"Não gosto de comunistas com Mercedes Benz e com um Rolex Presidente no pulso", disse Maradona, no ano de 1989, em referência a César Luis Menotti, treinador campeão da Copa do Mundo de 1978 pela Argentina e responsável por promove-lo à seleção principal
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A declaração mais famosa de Diego Maradona ocorreu no dia 22 de junho de 1986. Em um dos lances mais emblemáticos da história das Copas do Mundo, o então camisa 10 colocou a bola nas redes com a mão, definindo a vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra nas quartas de final. Perguntado, ele profetizou uma das frases mais simbólicas do futebol: "foi a mão de Deus"