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Pôquer: histórico, Foster vê Brasil campeão mundial até 2019

19 nov 2014 - 08h33
(atualizado às 10h36)
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Bruno Foster, nascido em Santos, radicado em Fortaleza, 32 anos. Não conhece? Pois deveria. Há uma semana, ele fez história e se tornou o primeiro brasileiro em todos os tempos a disputar a mesa final do Main Event da World Series of Poker (WSOP) - equivalente à Copa do Mundo do esporte praticado com cartas e fichas. Bruno terminou o torneio na oitava posição, faturou uma premiação expressiva (de aproximadamente R$ 2,5 milhões), mas parece não se importar muito com isto. Simples, bem-humorado e dedicado, prefere comemorar a provável contribuição que dará ao pôquer brasileiro com o histórico resultado conquistado em Las Vegas a se deslumbrar com a bela quantia de dinheiro que colocou no bolso.

Bruno Foster sobre oitavo lugar no WSOP: "foi um sonho":

“O balanço que eu faço da minha participação no torneio é positivo principalmente em relação ao pôquer brasileiro. Estes três meses que a gente teve para trabalhar a mesa final da WSOP foram bem explorados, já que nós conseguimos chegar a vários veículos que antes não cobriam o esporte. O pôquer foi mais disseminado, e as pessoas começaram a vê-lo como o esporte mental que de fato ele é. A profissionalização do pôquer chegou mais forte à mente dos brasileiros. Por tudo isto, foi muito válido”, afirmou Bruno, que viu o País reconhecer o pôquer como esporte em 2012, após oficialização do Ministério dos Esportes.

Foster sobre celebridades no pôquer: "quebra preconceito":

Mesmo tendo faturado a maior premiação da história do Brasil no principal campeonato da modalidade no mundo, Foster não mostrou deslumbramento. Ele, aliás, sequer tem certeza do que fará com os R$ 2,5 milhões embolsados em Las Vegas. “Não tenho grandes planos, até porque não ganhei um mega valor. Eu vou seguir a vida. Esta quantia não vai mudar nada na minha rotina. Eu vou tentar fazer algum investimento, talvez comprar alguma casa. Enfim, vou viver como sempre vivi”, garantiu ele, que também disse não ter se surpreendido com o resultado alcançado no Main Event da World Series.

Apostando feijão! Bruno Foster revela como começou no pôquer:

“Eu queria ser campeão do mundo e viajei para Las Vegas com esse pensamento. Trabalhei para isto. Óbvio que não é nada fácil chegar lá e cravar o título e por isso eu estou muito feliz com o resultado. Até porque nós sabemos que temos força para repetir o que eu consegui fazer. Fui o primeiro brasileiro a chegar à mesa final, mas com certeza não serei o último”, declarou, antes de fazer mais uma ousada “previsão”: para ele, um brasileiro faturará o cobiçado bracelete do Main Event até 2019. “O Brasil tem, não só de hoje, nível para ser campeão do mundo. Lógico que não é fácil, mas o título deve acontecer naturalmente. Eu acredito que dentro dos próximos cinco anos nós teremos um brasileiro campeão mundial de pôquer”, projetou.

Bruno Foster conta sobre sua história vitoriosa no pôquer:

Base para dizer isto, pelo menos, Bruno Foster tem: desde 2010, o pôquer do Brasil vem alcançando resultados expressivos na maior competição do planeta. Há quatro anos, Eduardo Parra terminou o Main Event da World Series na 32ª colocação; em 2011, foi a vez de Hilton Laborda (36º) e Fábio Souza (42º) irem bem; duas temporadas atrás, Nicolau Villa Lobos foi o 77º e colocou o nome do País novamente no top-80. Já no ano passado, Bruno Kawauti teve desempenho espetacular e foi o 15º melhor posicionado. Depois da 8ª colocação de Foster em 2014, qual será o próximo passo?

Foto: John Locher / AP

Bruno Foster acrescentou carisma e alegria à mesa final do Mundial de Pôquer (John Locher/AP)

Fonte: Terra
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