Clássico tem histórias de vira-casacas
Valeria Zopello trocou o Palmeiras pelo Corinthians por causa do ex-namorado Dinho, do Mamonas Assassinas
Corinthians e Palmeiras é considerado um dos dez clássicos de maior rivalidade no mundo. Mas nem isso impede que de vez em quando, alguém troque um time pelo outro, o que pra muita gente é considerado imperdoável.
A fotógrafa Valeria Zopello virou corintiana por amor. Dinho, vocalista do grupo Mamonas Assasinas, deu aquele empurrãozinho. “Sou de família italiana e por osmose todos eram palmeirenses. O Dinho me “obrigou” a virar corintiana e me deu uma camisa. Depois disso, me apaixonei pelo time, pela energia do estádio e frequentava bastante”, conta Valeria, que hoje não acompanha o time do coração como antigamente.
Algumas trocas não são bem aceitas. Em 2007, Clodomil Orsi, então presidente do Corinthians, disse em entrevista ao Esporte Espetacular que era palmeirense até os 10 anos de idade e que só virou corintiano porque o irmão não quis lhe dar uma figurinha carimbada. A revelação caiu como uma bomba e alguns torcedores chegaram a pedir a cabeça do dirigente.
Entre jogadores que viraram ídolos no rival, Rivellino é um dos maiores exemplos. Palmeirense na infância, ele não foi aprovado em testes no Verdão e fez sucesso no Corinthians, onde virou o Reizinho do Parque. Já o goleiro Marcos, que foi aprovado nas peneiras do Timão, resolveu voltar para Oriente, no interior de São Paulo, até aparecer no Palmeiras, onde ganhou o apelido de São Marcos.
O atacante Diego Costa, que defende a seleção da Espanha, revelou três anos atrás que era corintiano na infância, mas que virou palmeirense por influência de um tio, quando veio morar em São Paulo.
O clássico também tem história de pai e filho em times diferentes. O zagueiro Domingos da Guia foi ídolo corintiano na década de 40. Já o filho, Ademir da Guia, jogou 15 anos no Palmeiras entre os anos 60 e 70 e comandou a famosa Academia.