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Orquestra com berrantes faz sucesso em festas sertanejas

2 ago 2012 - 17h47
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Quando se pensa em orquestra, logo vem à mente músicos tocando violino, prato, flauta, trompete. Um berrante, certamente não. Isso até alguém tentar. João Aletto, professor de música há 30 anos, mostra que a combinação pode dar certo. Mais do que isso: "Tocar o coração das pessoas", diz.

Orquestra de Violeiros e Berranteiros de Mauá, formada por 90 membros
Orquestra de Violeiros e Berranteiros de Mauá, formada por 90 membros
Foto: Divulgação


A orquestra foi fundada em 1999. Na época, ainda não existia um "time" de berranteiros. A ideia de formar o grupo surgiu em uma conversa com Antônio Inocêncio Junior, o Sorriso, profissional do berrante.



Os instrumentos foram comprados aos poucos, mais ou menos, dois ou três por ano. A notícia se espalhou e "quando percebemos, tínhamos mais de 20 berranteiros", conta o maestro, nascido em Mauá, na Grande São Paulo.



Até Aletto entrou nessa. O músico, de 56 anos, não tocava berrante. Aprendeu. Em 2006, uniu o grupo à orquestra e montou a Orquestra de Violeiros e Berranteiros de Mauá, formada por violeiros, flautistas e um coral. No total, são 90 membros.



Hoje, 40 berranteiros fazem parte do time, entre eles, crianças, mulheres e idosos com mais de 80 anos. "Tocamos para transmitir paz", diz.



A orquestra já fez apresentações marcantes. Em 2007, saudou a visita do papa Bento XVI ao Brasil, em Aparecida (SP). Além disso, toca costumeiramente em missas e festas populares. Nesta última, canções como "Moreninha Linda" e "Menino da Porteira" fazem parte do repertório. "As pessoas se emocionam quando assistem aquele monte de gente tocando para Jesus", fala.



Em algumas ocasiões, os berranteiros se apresentam sozinhos, por exemplo, em festas sertanejas, como no rodeio de Jaguariúna, no interior de São Paulo.



O maestro conta que, em uma viagem para Santiago, no Chile, os músicos caminhavam pela cidade tocando berrante. Passando em frente ao palácio do governador, foram abordados por um guarda. "Ele perguntou se estávamos fazendo algum tipo de protesto", explicando que, fora do Brasil, o berrante ainda é pouco conhecido.



Para isso, Aletto tem um sonho. Na copa de 2014, que será realizada no Brasil, o maestro gostaria de levar o grupo de berranteiros para tocar na abertura do evento. "Queremos fazer uma volta olímpica tocando berrante para saudar a todos", diz. Certamente, uma excelente forma de apresentar ao mundo um instrumento típico brasileiro.

Fonte: PrimaPagina
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