No mundial de ginástica rítmica 2025 Brasil faz história com duas pratas inéditas
Na prova de conjunto geral somatório de séries com fitas, bolas e arcos, o Brasil marcou 55,250 pontos
O Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica terminou neste domingo (24) no Rio de Janeiro com um fim de semana histórico para o esporte, marcado pelo domínio da alemã Darja Varfolomeev, pelas conquistas inéditas do Brasil e até por um episódio técnico que atrasou a competição.
Aos 18 anos, Varfolomeev reafirmou seu status de fenômeno ao vencer o individual geral com 121,900 pontos, superando a búlgara Stiliana Nikolova e a italiana Sofia Raffaeli, além de conquistar o ouro em quase todos os aparelhos, deixando escapar apenas o arco, prova vencida por Raffaeli.
No conjunto, o Brasil viveu dias inesquecíveis diante de uma Arena Carioca 1 lotada e barulhenta, conquistando suas primeiras medalhas em Mundiais da modalidade. No sábado, a equipe formada por Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves, Sofia Pereira e Nicole Pircio ficou com a prata no geral, atrás apenas do Japão, e no domingo repetiu o feito ao garantir mais uma prata na final mista com bolas e arcos, ficando a apenas 0,1 ponto da Ucrânia, campeã da prova, em uma apresentação embalada pela música "Evidências" que emocionou a torcida.
O resultado representa o melhor desempenho da história do país em Mundiais de ginástica rítmica, coroando o trabalho de anos e a força do esporte nacional. Também no individual, Bárbara Domingos alcançou a melhor colocação de uma brasileira na história ao terminar em nono lugar no geral, somando 112,200 pontos, enquanto Geovanna Santos encerrou sua participação na 18ª posição. A competição, no entanto, também foi marcada por tensão fora das apresentações, já que um erro no sistema de pontuação da Federação Internacional de Ginástica gerou um atraso de quase cinquenta minutos durante as classificatórias do conjunto, o que levou a entidade a pedir desculpas formais.
Apesar do contratempo, o Mundial do Rio entra para a história como um marco de superação, emoção e afirmação do Brasil no cenário internacional, com uma mistura de espetáculo, drama e glória que consolidou o país como palco de grandes eventos esportivos e abriu novos horizontes para a ginástica rítmica nacional.