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Visando 'nova era', Rogério Caboclo toma posse como presidente da CBF

Em cerimônia realizada nesta terça-feira, na sede da entidade, mandatário, que tenta afastar imagem de Marco Polo Del Nero, anuncia novos rumos para sua gestão

9 abr 2019 - 16h38
(atualizado às 16h41)
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A Confederação Brasileira de Futebol começa nesta terça-feira uma nova gestão. O paulista Rogério Caboclo, advogado e administrador de empresas de 46 anos, tomou posse como mandatário na sede da entidade máxima do futebol brasileiro, localizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro como presidente da entidade do futebol brasileiro. Além de saudar a presença de autoridades, dirigentes e ex-jogadores, o novo mandatário garantiu que mudará a imagem arranhada da CBF:

'Vivemos um momento decisivo na CBF' (Foto: Divulgação)
'Vivemos um momento decisivo na CBF' (Foto: Divulgação)
Foto: Lance!

- Vivemos um momento decisivo. Se nós queremos ter o melhor momento do mundo, precisamos acelerar nossas mudanças. Meu orgulho é do tamanho da responsabilidade. Não posso e nem quero esconder o desgaste pelo qual a CBF passou. Vamos enfrentar estas mudanças com determinação. Não vou tolerar desvios de conduta, ou questões duvidosas de governabilidades.

Uma das medidas anunciadas por Caboclo para a sua nova gestão foi a criação de um "Conselho de Craques":

- O futebol é um esporte coletivo. Organizamos um timaço, que será o "Conselho de Craques", que vão trabalhar com a gente, com liberdade e independência. São pessoas notáveis do nosso futebol.

Além de Juninho Paulista, que foi designado como Diretor de Desenvolvimento do Futebol, os "notáveis" escolhidos pela CBF são Cafu, Ricardo Rocha, Muricy Ramalho, Jairzinho, Careca, Carlos Alberto Parreira Zinho e Gilberto Silva, além das ex-jogadoras de futebol feminino Pretinha e Michael Jackson.

Também foi anunciada uma novidade na Comissão de Arbitragem. O ex-árbitro Leonardo Gaciba substituirá o Coronel Marcos Marinho no cargo de Chefe da Comissão de Arbitragem.

- O Campeonato Brasileiro muda de patamar com o VAR. Teremos o VAR em 450 jogos. Ao mesmo tempo em que investiu o nosso árbitro, fazemos uma campanha. O nosso objetivo é mais tempo de bola rolando, todos ganham com isso. Estes desafios serão enfrentados sob liderança de Leonardo Gaciba.

Caboclo falou sobre o desafio de o país sediar a Copa América deste ano:

- A quantidade de arenas nos obriga a buscar fazer uma Copa América de alto nível. Presidente, agradeço a honra de sediar a competição.

Além de confirmar a Supercopa do Brasil a partir de 2020, Caboclo assumiu um compromisso:

- As datas-Fifa estarão livres no calendário. As competições nacionais não farão mais parte do calendário. Queremos a racionalização de datas, reduzindo de 18 para 16 os jogos de estaduais. Também queremos bom senso nos calendários continentais. Não são decisões fáceis, mas inevitáveis.

INFANTINO E DOMÍNGUEZ EXALTAM CABOCLO

O evento foi marcado pela presença de Gianni Infantino, presidente da Fifa, que veio ao Rio de Janeiro para participar de dois eventos: a posse do novo presidente da CBF e Congresso Ordinário Anual da Conmebol.

- É muito importante para o futebol mundial que a CBF seja uma associação forte, profissional também na América do Sul. Estou muito feliz de estar hoje com meu amigo Rogério para sua posse. É um dia de orgulho, assim como a Conmebol, a Fifa vai estar ao lado da CBF, porque o futebol mundial precisa de uma CBF forte também.

Presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez manifestou sua expectativa quanto ao evento:

- Vai ser uma honra fazer a Copa América com você, que é um apaixonado por futebol.

CONHEÇA ROGÉRIO CABOCLO

A relação do advogado com o futebol teve início nos anos 2000. Na época, assumiu o cargo de diretor financeiro do São Paulo e foi convidado para atuar na Federação Paulista de Futebol. Ao lado do "padrinho" Marco Polo Del Nero, cresceu dentro da entidade e ficou conhecido pela boa relação com cartolas da entidade nacional e dirigentes de diferentes clubes.

Sua popularidade aumentou quando participou do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014. Logo após, Caboclo seguiu como diretor-executivo da CBF e ganhou voz entre os clubes ao "salvá-los" de punições junto a Profut. Além disso, foi um dos responsáveis pelo crescimento da Copa do Brasil, que passou a ter uma premiação milionária - maior que do Campeonato Brasileiro. Mas não é apenas de elogios vive o novo número 1 da entidade.

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