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Relatório final confirma falta de combustível como causa da queda do avião da Chapecoense

Investigação conclui que faltou combustível para chegar a Medellín e empresa Lamia fez gestão de risco inadequada, o que levou à morte de 71 pessoas em tragédia na Colômbia.

27 abr 2018 - 19h35
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A investigação sobre a queda do avião da Chapecoense chegou em seu relatório final nesta sexta-feira. A tripulação do voo 2933 da Lamia cogitou risco de término do combustível duas horas antes da queda, divulgado pela Aeronáutica Civil da Colômbia. A falta de combustível foi a causa para o acidente aéreo, que matou 71 pessoas, em que a maioria fazia parte da delegação do clube catarinense, que disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.

Investigação final reafirma falta de combustível para queda do avião da Chapecoense (foto:Raul ARBOLEDA / AFP)
Investigação final reafirma falta de combustível para queda do avião da Chapecoense (foto:Raul ARBOLEDA / AFP)
Foto: Lance!

Segundo os cálculos mostrados pelo Coronel Miguel Camacho, que chefiou o grupo de investigação de acidentes colombiano, eram necessários pelo menos 11,6 mil quilos de combustível para completar a rota entre Santa Cruz de La Sierra e Medellín em segurança. O tanque da aeronave, por sua vez, comportava apenas 9,3 mil quilos.

- Era obrigatório que se fizesse uma escala. Ninguém da tripulação tomou a decisão de aterrissar para abastecer. Era a única maneira de seguir ao destino final de maneira segura — afirmou Camacho.

Ainda segundo o coronel, 40 minutos antes do acidente, a luz de emergência de combustível já havia acendido. A tripulação, neste momento, deveria ter informado a situação à torre de controle e realizado um pouso no aeroporto mais próximo. Nesta situação, o aeroporto de Bogotá estava a 142 quilômetros de distância, o que seria suficiente para um pouso seguro.

- A emergência só foi declarada três minutos e quinze segundos antes do acidente. Isso deveria ter sido feito pelo menos 30 minutos antes - disse.

A Aeronáutica Civil colombiana reforçou que o relatório final não se destinou a apontar culpados para que sejam punidos, mas esclarecer as circunstâncias do acidente.

SITUAÇÃO DA LAMIA

O Coronel, que investigou a companhia de avião, confirmou que a Lamia não estava atuando dentro das políticas internacionais de combustíveis e que voava decorrentemente com níveis muito baixo.

POSIÇÃO DA CHAPECOENSE

O Departamento Jurídico da Associação Chapecoense de Futebol está analisando o relatório final da Aeronáutica Civil da Colômbia sobre o acidente com o avião da LaMia. Em breve o clube se manifestará através de nota oficial sobre o caso.

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