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Em pequeno de Portugal, Bruno César diz que nunca foi gordo e nega fama de baladeiro

7 ago 2015 - 08h26
(atualizado às 09h21)
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De artilheiro no Corinthians a encostado no Palmeiras, a vida de Bruno César é recheada de reviravoltas. Após passar o primeiro semestre de 2015 jogando na Arábia Saudita, o meia volta a Portugal, onde brilhou pelo Benfica em 2012. Bruno César defenderá o pequeno Estoril, clube que tem parceria com a Traffic, empresa que levou 'Chuta-Chuta' novamente às terras lusitanas.

- A parceria facilitou juntamente com a rescisão do Al Ahli. Meu objetivo aqui é fazer um bom campeonato, quem sabe se destacar e sair daqui no final do ano. Quero tirar toda desconfiança para mostrar quem é o Bruno, que brilhou no Corinthians - afirmou o meia, ao LANCE!.

Querido pelos torcedores do Benfica, Bruno César deixou boa impressão no futebol português, quando atuou pelos Encarnados de 2011 a 2013. Pelo clube, conquistou o campeonato nacional na temporada 2011/12. Demonstrando confiança, o meia afirma que não teria melhor lugar do que Portugal para atuar agora, nem o próprio Brasil.

- Não tive propostas de clubes brasileiros porque não fui atrás, preferi ficar fora do país mesmo, onde se vive melhor. O futebol na Europa tem um nível mais alto, além das questões de segurança. Aqui você tem um padrão de vida melhor. O imposto está muito alto no Brasil - explica o jogador.

Se a última passagem de Bruno César por Portugal foi boa, no Brasil, não se pode dizer o mesmo. Destaque do Corinthians no Brasileirão-2010 com 15 gols, o meia, que foi vendido em 2013 ao Al-Ahli, voltou emprestado ao futebol brasileiro em 2014, quando defendeu o Palmeiras. Pelo Verdão, fez 20 jogos e marcou dois gols, ambos contra o Vilhena, na Copa do Brasil.

- Faltou oportunidade no Palmeiras, teve muita troca de técnico. É complicado ter troca de treinador, porque acaba não tendo ritmo de jogo maior, assim como eu tive no Corinthians - explica.

Durante sua passagem pelo Alviverde, o meia foi alvo de críticas sobre sua forma física, por ter chegado ao clube acima do peso, e sobre a fama de baladeiro, quando apareceu em uma foto acompanhado de Patrick Vieira e Victor Luís, supostamente em uma festa com amigos.

- Nunca fui gordo, sempre estive magro. Aconteceram questões no Palmeiras que não vem ao caso falar. Eu não estava jogando, não tinha a rotina de jogar sempre, então é normal ficar um pouco fora de forma.

- Não ficava chateado com as acusações de baladeiro porque era tudo mentira. Ninguém provava nada. Imprensa fala o que quer, porque tem esse meio de comunicação, e o jogador não tem como se defender.

BATE-BOLA - Bruno César, principal contratação do Estoril para esta temporada, ao LANCE!

Como está a vida em Estoril?

Os primeiros dias foram tranquilos. Conheci a cidade, fica perto de Lisboa, é sempre cheia quando é verão europeu. Fui muito bem recebido, agora é trabalhar. Estamos na primeira semana de treinos, já fizemos amistoso, joguei 30 minutos.

Você sabia que em Estoril tem uma prova da MotoGP? Você gosta de corrida de motos?

Na época do Benfica, eu já sabia disso, mas não curto muito não (risos). Tem o autódromo, quem sabe dou uma passada.

Como está a adaptação ao futebol português?

Por já ter passado aqui, facilita. Justamente vim pra cá por isso também, pela adaptação mais fácil. Na língua, algumas palavras mudam, agora como já sei, não tem tanta diferença. Em campo, é completamente diferente do árabe e do brasileiro. Português é mais corrido, dinâmico, tem que ajudar no ataque, na marcação. Eles esperam que você faça a diferença no campo.

COM A PALAVRA - Lulinha, atualmente no Botafogo, jogou pelo Estoril na temporada 2009/10

'Lá é uma boa para se reencontrar. O clube dá muito espaço para jogar, você consegue ter sequência, além de ter muitos brasileiros. Pode ir de olho fechado, porque o clube é certinho, paga em dia, e outros times da Europa sempre ficam de olho.

Estoril é bem legal, uma cidade muito tranquila, agradável, fácil de andar. Tem muitas praias, restaurantes muito bons – eu adoro a culinário portuguesa –, tinha cassino, que eu não jogava, mas ia pra ver.

Fui pra lá mais pelo projeto que me apresentaram, não pela grandeza do clube, estava na segunda divisão e tinha chances de subir. Nosso estádio era acanhado, mas os torcedores faziam muito barulho.

Foi minha primeira experiência internacional, com 19 anos. Foi muito legal para mim. Tinha grandes coisas ainda na cabeça de menino e amadureci bem.'

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