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Cuca ajusta defesa e meio, mas Peixe destoa pelas pontas e não vence fora

Com Alison, Sánchez, Diego Pituca e uma defesa sólida atrás, Santos suporta bem a pressão em Avellaneda. Afoito, trio de ataque erra demais nas definições e prejudica a equipe

22 ago 2018 - 06h01
(atualizado às 06h01)
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O Santos mostrou na Argentina boa evolução ofensiva e principalmente compactação no meio-campo, detalhe em falta no primeiro semestre da equipe. Com peças necessárias para compor o setor de meio-campo, o técnico Cuca parece ter encontrado seus titulares: Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez. Os dois últimos se revezando na transição de meio para o ataque e na cobertura a Alison na marcação.

Irritado e ansioso, Bruno Henrique cometeu faltas e discutiu bastante com argentinos em campo (Foto: AFP)
Irritado e ansioso, Bruno Henrique cometeu faltas e discutiu bastante com argentinos em campo (Foto: AFP)
Foto: Lance!

Com a parte de trás da equipe mais sólida, o técnico teve de lidar com um problema inesperado: o nervosismo e o rendimento baixo de seus três homens de frente. Principalmente os dois alas, Bruno Henrique e Rodrygo. O primeiro pareceu, em determinados momentos, cair na pilha dos argentinos, ao não evitar discussões e entradas ríspidas em lances isolados. Com a bola nos pés, teve dificuldades para executar dribles simples e dar bons passes.

Já Rodrygo demonstrou certo cansaço em campo. O camisa 9 acabou por sair machucado de campo. Durante o jogo, não conseguiu arrancar de trás para correr em direção ao gol, muito em função também da forte marcação argentina. O Rayo pareceu deslocado em campo e, assim como Bruno Henrique, não viveu grande noite em Avellaneda.

Em determinado momento, Bruno e Gabriel chegara a discutir em campo, após mais uma tentativa frustrada de ataque. Em lance com Carlos Sánchez, o camisa 10 poderia ter deixado o companheiro na cara do gol, após roubar boa bola na intermediária, mas deu passe ruim para o volante. O próprio Rodrygo teve uma das chances mais claras, mas errou no tempo de bola, deu um toque a mais e nem sequer conseguiu chutar.

Com uma primeira linha de marcação alta, começando justamente pelos três homens de frente, Cuca impôs aos atacantes a obrigação de marcar duro. De certa maneira, a estratégia funcionou - principalmente no começo do jogo, quando o Independiente se viu acuado em seu campo de defesa. Mas, ao mesmo tempo, o embate constante com os defensores gerou faltas duras de Bruno e Rodrygo nos rivais. Entradas até destemperadas e fora de tempo.

São detalhes assim que Cuca terá de acertar para o jogo da volta. Com o 0 a 0 no placar na partida de ida, marcar gols será determinante para o Santos na partida de volta. Por isso, é preciso fortalecer fisicamente e mentalmente os jogadores de frente para a partida decisiva. As infiltrações pelo lado precisarão funcionar para o Peixe conseguir a vaga.

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