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Botafogo tem pontos positivos na estreia de Chamusca, mas pouca criatividade do meio-campo preocupa

Alvinegro fica apenas no empate diante do Boavista, mas pouco tempo de treino traz poucas possibilidades ao técnico; trinca de meio-campo tem mínima interação

4 mar 2021 - 06h03
(atualizado às 06h03)
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Um empate sem gols. Foi assim que a temporada 2021 começou para o Botafogo, que não saiu do zero diante do Boavista, na última quarta-feira, na estreia de Marcelo Chamusca como treinador do Alvinegro. Além do resultado, o duelo trouxe pontos positivos, mas também erros de um passado recente.

Rickson foi a novidade no time titular do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Rickson foi a novidade no time titular do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Foto: Lance!

Os defeitos podem ser considerados até mesmo uma consequência do pouco tempo de Chamusca como comandante do Glorioso. Anunciado há duas semanas, o técnico teve apenas três sessões de treinamento com o elenco antes da estreia. É difícil esquecer todos os movimentos da última temporada de uma só vez.

O processo é gradativo. Uma das principais características do Alvinegro diante da equipe de Saquarema foi a utilização dos lados do campo. Tanto os pontas, aparecendo na diagonal da área, quanto os laterais, avançando para o último terço, participaram ativamente da construção ofensiva do time.

O mesmo, contudo, não dá para dizer do meio-campo, principal ponto negativo do Botafogo no primeiro jogo de 2021. A trinca formada por Bruno Nazário, Rickson e Luiz Otávio teve um jogo abaixo do esperado como um conjunto. Isto, claro, resultou na dificuldade do Alvinegro em circular a bola no setor e depender de cruzamentos para assustar o goleiro adversário.

Não em termos individuais, mas o sistema do Botafogo no setor pouco se comunicou. Não à toa, os três jogadores trocaram poucos passes durante a partida em relação ao número total de interações do Alvinegro no jogo. Entenda:

INTERAÇÕES DOS MEIAS DO BOTAFOGO CONTRA O BOAVISTA

• Bruno Nazário

para Luiz Otávio: 4 passes

para Rickson: 0 passes

• Luiz Otávio

para Bruno Nazário: 5 passes

para Rickson: 6 passes

• Rickson

para Luiz Otávio: 4 passes

para Bruno Nazário: 1 passe

O trio trocou, contando todos os casos de quem era o autor para o recebedor da bola, apenas 20 passes, o que ajuda a explicar a falta de criatividade do clube de General Severiano no Estádio Nilton Santos. Os números são do "Footstats".

Os próprios jogadores do setor não se comunicaram da partida e o Botafogo ficou totalmente dependente de jogadas pelos lados do campo. Para efeito de comparação, as interações totais entre Kevin e Warley, jogadores da direita, deram 25 passes; pela esquerda, Hugo e Ênio trocaram 11 bolas.

É utópico pensar que Chamusca, em apenas uma semana, daria uma cara completamente nova ao time do Botafogo, mas a ínfima comunicação entre o meio-campo é um dos principais conceitos que precisam ser corrigidos pelo treinador para a sequência do Carioca.

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