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Jogos Pan-Americanos

Hein? Brasileiro treina Argentina, mas pode ser rival no Rio

Vitor Alves Teixeira ajudou Argentina a carimbar vaga no Rio como treinador, mas quer disputar Olimpíada como atleta brasileiro

24 jul 2015 - 08h16
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Você se lembra de Vitor Alves Teixeira? Se tem menos de 30 anos, provavelmente não. O brasileiro, atualmente com 57 anos, já foi um dos grandes nomes do hipismo nacional, com participação nas Olimpíadas de 1984 (Los Angeles), 1988 (Seul) e Barcelona (1992). Contudo, no Pan 2015 o atleta foi um dos personagens por outro país: a Argentina. Como treinador, o cavaleiro foi um dos responsáveis pela medalha de bronze – à frente dos brasileiros - e classificação dos rivais. Mas ainda quer ir para Rio 2016 como cavaleiro montado. Por qual país? Brasil.

Sim, a situação inusitada pode ocorrer: sem a convocação para defender o País no Pan – seu último foi em Winnipeg 1999 -, Vitor Alves Teixeira recebeu um convite do presidente do Comitê Olímpico da Argentina, Gerardo Werthein, para classificar o país para 2016. Conseguiu, assim como já havia alcançado em 2004, última Olimpíada que o país se qualificou nos saltos por equipes do hipismo. Nem mesmo a vontade de ainda representar o Brasil – e por tabela ter qualificado possíveis rivais – interfere na cabeça do atleta nacional.

Vitor Teixeira espera representar Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016, mesmo tendo atualmente 57 anos
Vitor Teixeira espera representar Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016, mesmo tendo atualmente 57 anos
Foto: Terra

“Eu acho que eles sabem que minha prioridade é o Brasil. Se não estou sendo útil ao Brasil, aí sim posso prestar uma ajuda para outra equipe”, explicou. “Vou esperar o convite vir deles (comissão técnica do Brasil). Se eu for chamado pelo Brasil, a prioridade sempre é o Brasil. Meu objetivo era só até aqui. Vou voltar para cima do cavalo e vou estar à disposição. Tenho dois bronzes em Pans, quero estar dentro”, disse, relembrando as medalhas conquistadas em Havana 1991 e Winnipeg 1999.

O trabalho com a equipe argentina começou em novembro do último ano e deu resultado a curto prazo. A meta era a classificação para a Olimpíada por meio do Pan, que levava as duas equipes mais bem classificadas – excluindo Estados Unidos e Brasil, já garantidos. Em Toronto, a classificação foi conquistada ao lado do Canadá. Muito por causa do trabalho feito pelo brasileiro, que diz não se importar em vestir um boné e a camisa da Argentina.

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“Eu estou no mercado. Eu ajudei a classificar a Argentina para a Olimpíada de Atenas, eles se lembraram disso. E agora diante de uma dificuldade e com a necessidade de classificar de novo a Argentina para a Olimpíada, me chamaram. Eu estava livre no mercado, o Brasil também conta com a experiência de um técnico francês. Estou com a sensação de dever cumprido”, afirmou.

A sensação de dever cumprido, contudo, esbarra na tristeza por não representar o Brasil. Mas o que faltar? Para Vitor Teixeira, um cavalo a nível olímpico, como o dos atletas atuais da Seleção Brasileira – diz ele estar quase fechado com um novo animal para tentar encantar a comissão técnica a poucos meses da disputa.

Vitor Teixeira foi técnico da Argentina na prova de salto por equipes no hipismo
Vitor Teixeira foi técnico da Argentina na prova de salto por equipes no hipismo
Foto: Terra

Com três Olimpíadas no currículo como atleta e outras três como treinador, o brasileiro tem o desejo de encerrar o ciclo olímpico em casa. E olha que não se importa nem com o país: no último ano, tentou, junto a outros três cavaleiros, se naturalizar paraguaio para ir à Olimpíada – também classificou o Paraguai ao Pan como técnico. A tentativa foi esbarrada, e agora Vitor aguarda uma nova chance na Seleção. Ou será “inimigo íntimo” em casa como técnico dos argentinos. 

Fonte: Terra
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