PUBLICIDADE
Logo do Internacional

Internacional

Favoritar Time

Novo Beira-Rio: saiba o que está bom e o que deve melhorar

Estádio que sediará três jogos da Copa de 2014 foi testado em jogo do Inter contra o Caxias, para 10 mil torcedores

16 fev 2014 - 13h15
(atualizado às 13h19)
Compartilhar
Exibir comentários

Tapumes, poças de água e lama, equipamentos largados, pó nas cadeiras e fora delas, muitas áreas fechadas, cobertura incompleta. Porém, nenhum incidente significativo ocorreu com os mais de 10 mil torcedores que foram ao novo Beira-Rio pela primeira vez para ver o Internacional golear o Caxias. 

O Terra acompanhou o primeiro jogo oficial do novo estádio e relata as impressões sobre o que deu certo e o que precisa mudar antes de mais um evento teste.

Cinco aspectos que funcionaram

- Profissionais de orientação: Solícitos, educados, bem informados sobre as áreas do estádio, todos com camisetas cinza do evento-teste. Mesmo com a área restrita do estádio, o que facilita o trabalho de um orientador, todos os profissionais estavam tranquilos e bem treinados. Porém, tentaram manter a orientação de que todos os torcedores assistissem ao jogo sentados - em alguns momentos, isso causou conflito. Um torcedor se recusou a ficar sentado e passou a fazer gestos obscenos para os demais, o que acarretou na sua expulsão.

- Bares: Todos os bares de uma área da inferior estavam abertos, e as filas raramente passaram de cinco pessoas. A oferta de produtos era boa e os bares aceitavam cartões de crédito e débito.

- Banheiros: Bem equipados, com sanitários ecológicos - para diminuir o desperdício de água, com um número adequado de sanitários abertos, evitando as filas. "Parece banheiro de shopping", comentou um torcedor, enquanto tirava fotos das pias.

- Torcedores: A despeito de alguns pequenos conflitos, a maior parte deles com relação à "nova" orientação de permanecer sentado e não obstruir os corredores, os torcedores respeitaram as normas e compreenderam o fato de que nem tudo no estádio estava pronto.

- Infraestrutura de campo. A iluminação é perfeita, o gramado suportou bem o desgaste do jogo e a acústica do estádio impressionou. Até o canto dos 250 torcedores do Caxias podia ser ouvido com absoluta clareza, como se fossem muitos e estivessem bem próximos. 

Cinco coisas que precisam melhorar

- Entrada dos torcedores: as filas eram quilométricas no entorno do estádio, graças à demora na liberação das catracas. A concentração em poucos portões e os torcedores que "chegaram em cima da hora" foram vistos como os principais fatores de atraso na entrada. Alguns torcedores só conseguiram entrar quando o jogo já estava com 10 minutos de jogo.

- Mobilidade no entorno: muitas máquinas, muitos portões pretos impedindo a circulação, muitas áreas repletas de lama, falta de calçamento em quase todo o entorno, sem falar na obra da Avenida Padre Cacique. Até abril, quando será feita a reinauguração oficial, o entorno do estádio precisa melhorar significativamente.

- Os preços dos bares: muitos torcedores se mostraram incomodados por pagar R$ 5 por água mineral e R$ 7 por pacotes de salgadinhos. Os valores altos também ajudaram a afastar os torcedores das áreas de consumo. "Vamos ter que adaptar os valores ao mercado", afirmou o vice do Internacional, Max Carlomagno.

- Sinal de celular: uma hora antes do início da partida, a demanda pelo sinal de internet 3G entrou em colapso. Logo depois, com operadoras diferentes, mesmo as ligações tornaram-se impossíveis. 

- Regras de orientação: o trabalho dos orientadores funcionou e os torcedores, em sua maioria, respeitaram. O grande problema: não há como fiscalizar se os torcedores estão de pé o tempo todo. "Aos poucos precisamos adaptar a forma de torcer no estádio do nosso jeito, com a nossa alma", afirma a vice de administração do Inter, Diana Oliveira, admitindo que as orientações podem mudar nos próximos eventos-teste.

Invasão e beleza feminina; veja imagens da torcida na estreia do Beira-Rio

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade