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Um ano após título, Palmeiras enfrenta cobranças e se apressa por reformulação

Diretoria e comissão técnica querem implementar o quanto antes mudanças para antecipar o início da temporada 2020

26 nov 2019 - 04h41
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Em 26 de novembro do ano passado o Palmeiras havia vencido o Campeonato Brasileiro um dia antes, vivia o êxtase da conquista e se preocupava apenas em renovar o contrato que tinham o risco de sair. Um ano depois, nesta terça-feira o clube vive situação oposta. Sem chance de título na temporada, o clube convive com grande pressão nos bastidores e se apressa para iniciar logo as mudanças necessárias para 2020.

A primeira das novidades já começou. O diretor de futebol Alexandre Mattos revelou no domingo o plano de aumentar a presença de jogadores das categorias de base no elenco para o próximo ano, projeto já iniciado nesta segunda-feira. O atacante Gabriel Veron, de 17 anos, vai se incorporar à rotina do elenco profissional e se ambientar ao convívio dos novos colegas.

A aposta na base serve para responder uma antiga cobrança interna no clube. Torcedores e conselheiros pressionavam bastante nos últimos meses para dar mais espaço a jogadores revelados nas categorias de base em vez de contratar reforços de outras equipes. A crítica se tornou mais forte pelo rendimento baixo de parte dos jogadores trazidos neste ano. Nomes como Felipe Pires, Carlos Eduardo, Ricardo Goulart e Matheus Fernandes não emplacaram.

Aliás, o ambiente político nesta reta final do ano tende a se movimentar. Semanas atrás um grupo de conselheiros protocolou um pedido para que o presidente do clube, Mauricio Galiotte, publique mensalmente os balanços do clube. A preocupação recai sobre os gastos elevados do departamento de futebol e o défícit de R$ 36 milhões registrado entre janeiro e dezembro deste ano. A diretoria alega não ser necessário apresentar dados mensalmente e defende a apresentação apenas anual.

O título brasileiro já decidido possibilita ao Palmeiras antecipar possíveis negociações nesta janela. Uma das posições com saídas certas é a de goleiro. O clube vai contar com o retorno de empréstimo de Vinícius Silvestre, atualmente no CRB. Com contratos válidos até dezembro, Jailson ou Fernando Prass devem sair. Na zaga a situação é parecida. Pedrão será reintegrado, enquanto Edu Dracena e Antônio Carlos possivelmente deixarão o clube.

Jogadores pouco utilizados no ano, os meias Hyoran e Raphael Veiga podem também sair. No ataque, Henrique Dourado retorna para o futebol chinês após o fim do contrato de empréstimo. O colombiano Borja é outro cotado para uma possível negociação, principalmente depois dos desentendimentos públicos entre o seu agente, Juan Pablo Pachón, e o técnico Mano Menezes.

Por outro lado, no comando de todas essas decisões não haverá mudanças. Mattos continua prestigiado com Galiotte e não deve sair, apesar de ter virado alvo da torcida. Mano é outro com o cargo mantido. O treinador terá a oportunidade de comandar a escolha de possíveis reforços e de trabalhar com a equipe durante a pré-temporada, que será realizada nos Estados Unidos, com a disputa da Florida Cup.

Estadão
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