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STJD rejeita tese da defesa de prescrição e vai julgar Bruno Henrique, do Flamengo, por manipulação; siga

Atacante é suspeito de ter forçado um cartão amarelo e beneficiado apostadores em 2023, em um jogo contra o Santos pelo Brasileirão

4 set 2025 - 13h21
(atualizado às 17h33)
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Resumo
STJD rejeita a tese de prescrição e julgará Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação de resultado e benefício a apostas, com risco de suspensão e multa.

A Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) rejeitou a tese de prescrição apresentada pelas defesas dos réus do caso Bruno Henrique, atacante do Flamengo. O atacante está sendo julgado na sede do STJD, no Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 4, por supostamente ter forçado um cartão amarelo e beneficiado apostadores em 2023, em um jogo contra o Santos, no Mané Garrincha, pelo Brasileirão.

Com a rejeição da prescrição, o julgamento passa para análise do mérito da ação - ou seja, a acusação de manipulação de resultados em apostas esportivas.

O jogador pode ser punido com até dois anos de suspensão, além de 24 partidas fora dos gramados e multa de até R$ 200 mil.

Defesa queria prescrição

Os advogados de Bruno Henrique sustentavam que a denúncia do caso teria passado do prazo regimental de 60 dias e, por isso, deveria ser arquivada. No entanto, o relator, auditor Alcino Guedes, pontuou que a prescrição não caberia ao caso.

De acordo com o relator, o prazo passaria a contar após o compartilhamento do relatório da PF com as provas do sigilo telefônico, e não da suspeita inicial. O voto foi seguido pela maioria dos auditores.

STJD recusa pedido da defesa para considerar caso de Bruno Henrique, do Flamengo, prescrito
STJD recusa pedido da defesa para considerar caso de Bruno Henrique, do Flamengo, prescrito
Foto: Reprodução/STJD

O que disse Bruno Henrique?

Durante o julgamento, Bruno Henrique, que participou de forma remota, deu uma declaração sem responder perguntas. 

"Eu gostaria de reafirmar a minha inocência e dizer que confio na justiça desportiva. Jamais cometi as infrações que estou sendo acusado. Meus advogados estão aí, falaram por mim durante a defesa do processo. Faço questão de mostrar o meu respeito e a minha confiança nesse Tribunal, e desejo um excelente julgamento a todos. E que tudo transcorra de forma leve e justa", disse.

A Procuradoria, a pedido da defesa do jogador, reprisou um vídeo que mostra o lance em que Bruno Henrique leva cartão amarelo, contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023. Depois, o advogado Michel Assef Filho, que fez a a sustentação oral em defesa do Flamengo e de Bruno Henrique, leu uma declaração enviada pelo Flamengo em que o clube afirmou que não houve prejuízo esportivo.

A Procuradoria afirma, no entanto, que a análise completa do jogo indica um comportamento "cada vez mais violento" de Bruno Henrique para tomar um cartão amarelo. Além disso, a confissão do apostador Douglas Ribeiro Pina Barcelos foi destacada. Ele afirmou que sabia com antecedência que o atacante do Flamengo receberia um cartão amarelo.

O procurador Caio Porto Ferreira ainda reiterou o artigo 243, dizendo que Bruno Henrique atuou deliberadamente contra o próprio time, e mesmo se o irmão não tivesse apostado, teria configurado o artigo 243A, porque fere a ética desportiva.

Depois da fala da procuradoria, todos os advogados, incluindo o de Bruno Henrique, pediram a improcedência da denúncia e a absolvição dos clientes.

Votos

Bruno Henrique foi denunciado pela Procuradoria do STJD em vários artigos do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): art. 243, §1º; art. 243-A, parágrafo único; art. 184 e art. 191, III. Além do artigo 65, II, III e V, do regulamento geral de competições da CBF de 2023.

Como votaram os auditores:

  • 1º Alcine Guedes, relator (12 jogos + R$ 60 mil de multa)
  • 2º Guilherme Martoreli (R$ 100 mil de multa)
  • 3º William Figueiredo (12 jogos + R$ 60 mil de multa)
  • 4º Carolina Ramos (12 jogos + R$ 60 mil de multa)
  • 5º Marcelo Rocha (12 jogos + R$ 60 mil de multa)

Relembre o caso

Bruno Henrique é acusado de ter compartilhado informações antecipadas sobre o cartão amarelo recebido em jogo contra o Santos no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 1º de novembro de 2023. O lance teria beneficiado seu irmão, Wander, que ainda teria repassado as informações a amigos.

Além da dupla, também foram denunciados pelo STJD Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Andryl Reis e Douglas Barcelos. Também estão envolvidas Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de Bruno Henrique, mas ambas estão fora da mira do STJD.

Indiciamento

Em abril, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique, com a acusação de fraude esportiva, pautada no artigo 200 da Lei Geral do Esporte. Ela se refere a fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para uma fraude, de qualquer forma, em relação ao resultado de competição esportiva ou evento a ela associado.

A investigação da Polícia Federal teve início em agosto do ano passado. Em novembro, o jogador e outros suspeitos passaram por uma operação de busca e apreensão. Investigadores extraíram conversas do celular de Wander Nunes Pinto Júnior (irmão do atleta) que embasaram o indiciamento.

Fonte: Redação Terra
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