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Pistas de neve e gelo em Teresópolis ainda são pouco conhecidas

10 jun 2014 - 10h11
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A falta de divulgação e a escassez de placas de orientação no caminho a Vargem Grande (terceiro distrito de Teresópolis) ajudam a explicar o porquê de as pistas de neve artificial e de gelo, de propriedade do luxuoso hotel Le Canton, ainda não terem a visitação pretendida. Outro fator não menos importante é o preço pouco acessível aos moradores da região.

Não é necessário pagar entrada ou ser hóspede - a reserva mais barata do hotel para um adulto, nesta terça-feira, com duas noites obrigatórias, custa R$ 1.258 mais taxas. Mas é preciso desembolsar R$ 120, por exemplo, para esquiar durante uma hora. Ou R$ 90, se preferir descer a rampa de snowboard. As opções mais em conta (e não menos divertidas) são a boia canadense e a patinação no gelo, ambas por R$ 40.

Ainda assim, a média de visitação varia de 250 a 300 pessoas por semana, na alta temporada. Um público composto sobretudo por pessoas que moram nas vizinhas Nova Friburgo e Petrópolis, e são atendidas por um quadro de até 17 funcionários (de instrutores aos que trabalham na lanchonete), número que varia de acordo com a demanda, a qual também determina os dias em que as pistas são abertas. Antes de visitá-las, é recomendável se informar com o hotel.

A instalação segue o alto padrão de investimento do complexo hoteleiro. Inaugurada em 2011, a pista de gelo tematizada com bandeiras e brasões dos cantões suíços tem 25 metros de comprimento por 16 metros de largura e é mantida por um sistema de refrigeração com quatro compressores que, ligados 24 horas por dia, consomem aproximadamente R$ 10 mil de energia ao mês. "O processo de congelamento é demorado, leva quatro dias. Só são desligados para que seja feita a manutenção da pista", explica o coordenador geral, Thiago Caldas.

A última manutenção realizada pelo hotel foi recente, no início de maio, quando a pista ficou desativada para trocarem as tubulações que resfriam a camada inicial de areia e também as seguintes, de gelo, que vão se formando. É na penúltima camada, a propósito, um dos principais truques para o acabamento da pista: uma demão de pintura branca, a qual dá outro efeito também para quem vê de fora, na arquibancada com capacidade para 650 pessoas.

Construída depois, em 2013, a coberta pista de neve tem teleféricos de decoração e escada rolante de verdade para voltar ao topo da rampa de 48 metros de extensão. Rampa que pode ser desfrutada de três diferentes formas: boia (melhor opção para crianças), esqui ou snowboard (liberados desde que se tenha habilidade). Em todos os casos, é obrigatório o uso de equipamentos de segurança fornecidos para cada uma das atividades, assim como na patinação. De qualquer forma, há uma ambulância para qualquer emergência.

A neve, obviamente, é sintética, feita de poliacrilato de sódio. "Um polímero. A grosso modo, é o mesmo material que se tem em fraldas descartáveis. Com um motor, esse material é umedecido, o que dá a impressão de que realmente é neve", esclareceu Thiago Caldas, no último sábado, dia em que, para brincar, alguns pais deixaram os bebês com as esposas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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