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Libertadores

Riquelme chama final de "amistoso mais caro da história"

4 dez 2018 - 14h16
(atualizado às 15h03)
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Foto: Reprodução

E a decisão da Conmebol em transferir a partida de volta da final da Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors, para o Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, em Madrí, na Espanha, continua gerando polêmica. Desta vez, quem se manifestou foi o ex-craque argentino Juan Román Riquelme, ídolo xeneize, que não poupou críticas à solução encontrada pelos cartolas sul-americanos.

"O Superclássico, em algum momento, tem que ser jogado novamente na Argentina. O que vamos fazer para que se jogue o próximo Boca x River? Vai ter que ser em outro país? Eu acho que não é a mesma coisa. Por mais que eu queira que o Boca vença, acho que a final tem que ser disputada em nosso país. Eles tiraram isso de nós. Vai ser o amistoso mais caro da história", disparou, em entrevista concedida à Radio La Red.

Para o ex-camisa 10, o clássico faz parte da cultura argentina e, portanto, trata-se de algo que não pode simplesmente pertencer a outro país.

"É estranho e acontece com todos. Há poucas coisas que são nossas, como o churrasco, o mate e o doce de leite. E o Superclássico, que acabam de nos tirar. Não é nada bonito", afirmou. "Eu não quero que meus filhos se acostumem com essas coisas acontecendo aqui. Eu estava animado que o Boca pudesse ser campeão na casa do River e que eles respeitassem se tivéssemos que vencer", lamentou.

Riquelme ainda inverteu o cenário, imaginando se o mesmo fosse feito com a final da Liga dos Campeões.

"Boca e River levam o futebol argentino ao topo, mas é triste que seja jogado em outro país. A final não é mais a mesma, é como se a final da Liga dos Campeões fosse jogada aqui. É como uma derrota para o futebol argentino", afirmou. "A final só está sendo jogada porque é preciso ir para a Copa do Mundo de Clubes", completou.

Toda a polêmica só começou graças ao episódio de violência ocorrido nos arredores do Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, momentos antes do que seria a partida de volta da decisão. Na chegada do Boca ao estádio do rival, um grupo de torcedores do River apedrejou o ônibus, quebrando janelas e até ferindo alguns dos jogadores xeneizes. Após algumas horas sem definir uma posição, a Conmebol adiou o jogo para o dia seguinte. No domingo, porém, a partida voltou a ser suspensa, a pedido da equipe visitante, que alegou não ter condições iguais às do adversário para entrar em campo.

Na partida de ida, Boca Juniors e River Plate empataram em 2 a 2 na Bombonera, casa dos xeneizes, em Buenos Aires. Como não há critério de gol qualificado, feito fora de casa, qualquer empate leva a finalíssima para a prorrogação e, se preciso, pênaltis. Na capital espanhola, a decisão será realizada neste domingo, dia nove de dezembro, às 17h30 (no horário de Brasília).

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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