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Libertadores

Cinco jogos e nenhum gol; lembre passagem de El Tanque pelo Corinthians

24 jun 2012 - 07h34
(atualizado às 20h36)
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Henrique Moretti

Cerca de seis meses, cinco jogos - todos saindo do banco de reservas -, nenhum gol, uma vitória, dois empates e duas derrotas. Esses números resumem a passagem de Santiago "El Tanque" Silva pelo Corinthians. O atacante uruguaio, que em 2002 não deixou saudades na torcida alvinegra, reencontrará a ex-equipe na final da Copa Libertadores da América, agora como um dos destaques do Boca Juniors.

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"O mundo dá voltas", resume Vampeta, comentando ao Terra a mudança de patamar do uruguaio. Em 2002, o volante era titular da equipe comandada por Carlos Alberto Parreira que no primeiro semestre foi campeã do Torneio Rio-São Paulo e da Copa do Brasil.

Silva fez parte das ambas as campanhas, mas nem todos se lembram dele. No total, atuou apenas em cinco partidas, nenhuma como titular, e comemorou uma vitória: por 3 a 1 sobre o Bangu, pelo Rio-São Paulo, no Estádio do Canindé, em 23 de fevereiro de 2002. Os dados são fornecidos pelo jornalista e historiador Celso Unzelte, autor do "Almanaque do Timão".

Conforme recorda Parreira ao Terra, Silva chegou ao Corinthians indicado pelo empresário uruguaio Juan Figger, sendo contratado para um "estagio" após "consultas" feitas pelo clube.

Com fama de matador, o centroavante logo teve de lidar com a responsabilidade de substituir Luizão, que em março de 2002 foi para o Grêmio após três anos no Parque São Jorge, mas esteve longe do êxito.

"Era meu amigo, a gente tava junto, brincava com ele, 'El Tanque'", diz Vampeta. "Mas ele teve poucos oportunidades. Nosso time era muito bom, o cara chegou do nada assim", completa o volante, que apesar de elogiar o uruguaio conclui que "naquele time ele não tinha brecha" e admite que o ex-companheiro estava "um pouco fora de forma".

O sistema ofensivo daquele Corinthians tinha Gil, Deivid e Leandro como titulares. "A gente armou um ataque semelhante ao Barcelona de hoje, com o Leandro recuado, não tinha referência", compara Parreira. Mais atrás, o meia Ricardinho armava as jogadas e formava com Gil e o lateral Kléber o que os torcedores mais exaltados chamavam de "melhor lado esquerdo do mundo".

Sobre Silva, o técnico diz que rapidamente identificou um jogador que "não era um 'cracaço', mas tinha uma técnica razoável e como sempre aquela garra uruguaia". O brasileiro explica que em 2002 o centroavante ainda era "um jovem" que chegou a um "futebol diferente e a uma equipe grande como o Corinthians". "Muitos jogadores chegam à Seleção e demoram um tempo para poder jogar bem. Foi isso com ele, eu não tenho tempo para ficar esperando", argumenta.

Em 2002, Silva tinha 21 anos e havia atuado apenas por equipes modestas do Uruguai antes de reforçar o Corinthians: Central Español, River Plate e Defensor Sporting. Também havia passado pelo Chievo, porém sem ser aproveitado em nenhuma partida.

Dez anos depois, porém, "o mundo deu voltas", nas palavras de Vampeta. "Você não pode perder essa expectativa. É um tempo para muitos profissionais em todas as áreas se firmarem", discursa Parreira.

Pelo Boca Juniors, Silva conquistou o Clausura do Campeonato Argentino em 2012 e é titular na Libertadores, na qual é o artilheiro do time ao lado do atacante Pablo Mouche, do meia Juan Román Riquelme e do volante Juan Sánchez Miño, todos com três gols.

Após abrir o placar na vitória por 2 a 0 na primeira partida semifinal contra a Universidad de Chile, em Buenos Aires, o uruguaio tem o ex-clube como o próximo grande desafio no torneio continental.

Vampeta se diz "feliz" pelo sucesso do antigo companheiro, mas manda um recado ao uruguaio antes da decisão. "Pode vir 'El Tanque', 'El Diablo', o que for", afirma, confiando no inédito título corintiano. Santiago Silva pensa diferente; após títulos argentinos por Banfield e Vélez Sarsfield, a Libertadores ainda falta no currículo do uruguaio.

Confira os cinco jogos feitos por Santiago Silva no Corinthians:

CORINTHIANS 3 x 1 BANGU
Torneio Rio-São Paulo/Primeira Fase; sábado, 23/fevereiro/2002 (tarde)
Estádio: Oswaldo Teixeira Duarte (Canindé) (São Paulo, SP); Renda: não disponível; Público: 9.624
Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG)
CORINTHIANS: Dida, Rogério, Scheidt, Fábio Luciano e Kléber; Fabrício, Vampeta, Renato (Fabinho) e Deivid (Santiago Silva); Leandro (LucianoRatinho) e Gil. Técnico: Carlos Alberto Parreira
BANGU: Eduardo, China, Cleberson, Daniel e Marquinhos (Rogério); Cléber (Jéfferson), Élder, Zava e Renatinho (Léo Macaé); Wellington e Luiz Carlos. Técnico: Miguel Ferreira
Gols: Leandro, aos 43min do 1º tempo; Renato, aos 8min, Gil, aos 24min, e Wellington, aos 32min do 2º tempo

CORINTHIANS 3 x 4 FLAMENGO
Torneio Rio-São Paulo/Primeira Fase; domingo, 3/março/2002 (tarde)
Estádio: Mário Filho (Maracanã) (Rio de Janeiro, RJ); Renda: R$ 155.393,00; Público: 18.267
Árbitro: Luciano Augusto Almeida (DF)
CORINTHIANS: Dida, Rogério, Scheidt, Fábio Luciano e Kléber; Fabrício (Otacílio), Vampeta, Ricardinho (Renato) e Deivid; Leandro (Santiago Silva) e Gil. Técnico: Carlos Alberto Parreira
FLAMENGO: Júlio César, Fernando, Juari, Valnei e Rocha (Maurinho); Leonardo Ávila, Beto (Ânderson), Juninho Paulista e Felipe Mello; Leandro Machado (Roma) e Andrezinho. Técnico: João Carlos
Gols: Leandro Machado (pênalti), aos 6min, Leandro Machado, aos 19min, e Leandro, aos 35min do 1º tempo; Gil, aos 12min, Deivid, aos 27min, Juan, aos 29min, e Roma, aos 32min do 2º tempo

CORINTHIANS 1 x 1 GUARANI
Torneio Rio-São Paulo/Primeira Fase; domingo, 10/março/2002 (tarde)
Estádio: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas, SP); Renda não disponível; Público: 12.378
Árbitro: Paulo César de Oliveira (SP)
CORINTHIANS: Dida, Rogério, Anderson, Fábio Luciano e Kléber; Fabrício, Vampeta (Ângelo), Ricardinho e Deivid (Santiago Silva); Leandro e Gil. Técnico: Carlos Alberto Parreira
GUARANI: César, Gustavo, Sangaletti, Edu Dracena e Luciano Baiano; Alexandre, Martinez, Marcinho (Souza) e Jadílson; Dudu (Zé Afonso) e Léo (Rafael Silva). Técnico: Zé Mário
Gols: Martinez, aos 19min do 1º tempo; Ricardinho, aos 7min do 2º tempo

CORINTHIANS 0 x 0 PALMEIRAS
Torneio Rio-São Paulo/Primeira Fase; domingo, 7/abril/2002 (tarde)
Estádio: Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) (São Paulo, SP); Renda: não disponível; Público: 44.742
Arbitragem: Edílson Pereira de Carvalho (SP)
CORINTHIANS: Dida, Rogério, Anderson, Fábio Luciano e Kléber; Fabrício, Vampeta, Ricardinho e Deivid (Santiago Silva); Leandro (Renato) e Gil. Técnico: Carlos Alberto Parreira
PALMEIRAS: Marcos, Arce, Alexandre, Leonardo e Daniel; Paulo Assunção, Claudecir (Fernando), Magrão e Alex; Christian (Muñoz) e Itamar (Adriano). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

CORINTHIANS 0 x 2 ITUANO
Supercampeonato Paulista/Semifinais (1º Jogo); domingo, 19/maio/2002 (tarde)
Estádio: Novelli Júnior (Itu, SP); Renda: não disponível; Público: não disponível
Arbitragem: Cléber Wellington Abade (SP)
CORINTHIANS: Doni, Rogério, Anderson, Fábio Luciano e Kléber; Fabrício, Fabinho, Renato (Santiago Silva) e Deivid; Leandro (Édson) e Gil. Técnico: Jairo Leal (interino)

ITUANO: André Luís, Giuliano (Lima), Eriválton, Vinícius e Lúcio; Everaldo, Pierre, Juliano (Richarlison) e Élson; Basílio e Fernando Gaúcho (Tiba). Técnico: Ademar Fonseca

Gols: Fernando Gaúcho, aos 14min, e Vinícius, aos 28min do 2º tempo

Fonte: Celso Unzelte, autor do "Almanaque do Timão"

Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
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