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Futebol Internacional

Federação Alemã descarta fraude na escolha da sede da Copa

22 out 2015 - 11h35
(atualizado às 12h30)
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A Federação Alemã de Futebol (DFB) admitiu ter realizado pagamento de 10 milhões de francos suíços (R$ 41,1 milhões, em valores atuais) à Fifa, após acordo firmado em 2002, mas negou que o dinheiro tenha sido utilizado para "comprar" o direito de sediar a Copa do Mundo de 2006.

O presidente da entidade, Wolfgang Niersbach contou em entrevista coletiva que, em uma reunião realizada em Zurique, na Suíça, o então secretário-geral, Joseph Blatter, ofereceu ao presidente do comitê organizador da candidatura do país, Franz Beckenbauer, uma subvenção de 250 milhões de francos suíços (R$ 1,02 bilhão).

O ex-craque alemão Franz Beckenbauer foi presidente do comitê organizador da candidatura do país à Copa de 2006
O ex-craque alemão Franz Beckenbauer foi presidente do comitê organizador da candidatura do país à Copa de 2006
Foto: Getty Images

A condição para poder receber o valor, segundo o dirigente, era a de que fossem transferidos previamente os 10 milhões de francos suíços à Comissão de Finanças da Fifa.

Niersbach pontuou que "o comitê organizador do Mundial tinha três possíveis vias de receita: a venda de ingressos, patrocínios e uma subvenção da organização".

Segundo o presidente da DFB, Beckenbauer concordou com o pagamento prévio para garantir a transferência dos 250 milhões de francos suíços, e que o responsável pela transação com a Fifa foi Robert Louis Dreyfus, então presidente da Adidas.

Questionado sobre a razão de ter aceito a condição imposta pela federação internacional, Niersbach admitiu que não estava apto a responder: "Também não está claro para mim. Não posso responder esta pergunta".

De acordo com o jornal alemão "Bild", o então recém-criado comitê organizador da Alemanha, não tinha recursos para realizar o pagamento, por isso Dreyfus foi encarregado, recebendo posteriormente a restituição, através de uma conta da Fifa.

"O assunto é muito complexo, mas tudo foi legal. Não existem caixas-pretas", concluiu Niersbach.

EFE   
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