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Futebol Internacional

Talisca se aventura no trap, sonha com Rock In Rio e revela segredo de astro do Botafogo

Em conversa com o Terra, atacante do Fenerbahçe falou sobre o sonho musical

24 jun 2025 - 04h59
(atualizado às 11h21)
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Resumo
Talisca, conhecido no futebol e na música como Spark, revelou sua paixão pela arte, conciliando carreiras, sonhos de sucesso no trap e planos para o Rock in Rio, enquanto mantém a vida esportiva e artística separadas.
Jogador de futebol se dedica à carreira na música
Jogador de futebol se dedica à carreira na música
Foto: Divulgação/@rezzende071

Anderson Souza Conceição ganhou o mundo como Talisca, o astro dos gramados e que atualmente defende o Fenerbahçe, da Turquia. O que pouca gente sabe é que o sonho do Spark --alter ego utilizado na música-- surgiu antes do desejo de jogar futebol com Cristiano Ronaldo, Neymar e companhia.

“Comecei na escola, em 2006, quando tive que me matricular e fazer música. Toquei na banda de fanfarra, lá começou a minha história com a música. Eu realmente sempre tive uma ligação com a arte”, conta em conversa exclusiva com o Terra, em meio à agenda de shows.

Aprender música foi uma forma de o garoto conseguir uma bolsa de estudos em uma escola de Feira de Santana, na Bahia. Apesar do carinho pela música, Talisca não conseguiu escapar do talento com a bola no pé e precisou abandonar o sonho de viver dos palcos.

“Nessa época, queria ser músico. Estava muito empolgado com a arte, foi a primeira coisa que aprendi. Um certo dia estava jogando futebol, duas pessoas passaram e me chamaram para fazer um teste. Fui para ficar sete meses e acabei ficando sete anos”, recorda. 

Depois das passagens pelas categorias de base de Vasco e Bahia, e os primeiros passos no futebol profissional pelo Tricolor de Aço, Talisca se juntou ao Benfica, de Portugal, em 2014. 

Foi só então que o jogador conseguiu mais tempo na rotina e voltou a estudar música, mas de maneira ainda tímida. O aprendizado passou a ser colocado em prática em 2019, por meio de suas empresas. “A minha motivação foi o meu sonho mesmo. Quando eu senti o timing certo, até na condição financeira que lá atrás não tinha condições para uma gravadora. Então, quando as coisas evoluem, eu coloco esse sonho em prática.”

Já familiarizado com o mundo artístico, Talisca coloca 2021 como o ponto de partida de Spark, quando lançou o EP Cartas Marcadas. Um ano antes, porém, o pseudônimo já havia lançado o EP Sorte.

Vida de Spark nos palcos

De 6 a 22 de junho, a agenda de Spark contou com nove shows, passando pelas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Rio das Ostras (RS) e Goiânia (GO). A turnê é dedicada ao álbum Notas, que traz parcerias com nomes reconhecidos como Luccas Carlos e BIN.

Nas produções, o cantor aparece como intérprete, mas ele explica que também se garante em instruções de percussão e com o piano, além de participar do processo criativo das músicas.

“Na verdade, trago ideias e história. Como o meu lado futebolístico é muito corrido, às vezes eu não consigo parar pra compor com os moleques. Mas eu passo a história, eles metem marcha e eu dou uma afinada.O processo é bem bacana, é muito divertido”, detalha sobre o processo de composição. 

Em suas letras, Spark carrega histórias próprias e de amigos. Ao se definir como um ‘gangster amoroso', o artista gosta de falar sobre relacionamentos, mudanças de vida, vivência de rua e ‘papos mais quentes’.

Enquanto divide o tempo entre a vida nos gramados e palcos, Anderson tem alguns sonhos em seu lado artístico. Além da vontade de fazer um feat com Matuê, ele mira o palco do Rock in Rio.

“É criar uma base de fãs bem sólida. Fazer muito sucesso. Poder tocar cada vez mais com as pessoas e fazer mais lançamentos. Transformar mais as pessoas. Acho que esses são meus sonhos [na música]. Tocar em palcos que eu acho que o trap, o meu movimento, deve estar. Acho que eu posso fazer isso”, responde ao ser questionado pela reportagem. 

Com objetivos ainda a serem alcançados, o artista se orgulha de algumas conquistas já alcançadas, como o reconhecimento de pessoas que não sabem de sua vida como jogador de futebol.

Apesar de, na música, o foco ser totalmente no trap, Spark não descarta se arriscar no samba futuramente. No ritmo, Sorriso Maroto e Belo são alguns exemplos citados por ele.

Diante da vida dupla, o nervosismo é maior antes de jogos importantes do que à caminho de shows, mas há uma diferença grande entre os públicos de Spark e Talisca: “Os meus fãs me cobram lançamento, e no futebol me cobram muito pela Seleção Brasileira”

Anderson Talisca vira Spark nos palcos
Anderson Talisca vira Spark nos palcos
Foto: Divulgação/@rezzende071

Futebol e música para Anderson

“O Spark não fala do Talisca e o Talisca não fala do Spark. O Spark só fala de música e o Talisca só fala de esporte”. Essa é a maneira que Anderson encontra para separar o lado do jogador e do artista.

Mesmo sabendo que nunca deixou a desejar dentro de campo e que uma coisa não atrapalha a outra, o baiano de Feira de Santana prefere não misturar as agendas. Isso é o que impede de fazer shows na Turquia, país de seu atual clube.

Em uma possível volta ao ao futebol brasileiro, inclusive, Talisca admite que possivelmente fecharia sua agenda de shows --que hoje só fica aberta em períodos de férias-- e seguiria apenas com lançamentos em plataformas digitais. 

“Depende muito. A música hoje é muito digital. Se qualquer pessoa quiser lançar uma música, ela não precisa divulgar. Ela precisa planejar e lançar, sem divulgação, qualquer pessoa pode lançar uma música. Dentro do quarto de casa, você pode lançar uma música. A música mudou muito, evoluiu muito. Então, eu acho que seria mais difícil em termos de shows, mas, de lançamento digital, o Memphis [Depay, do Corinthians] fazendo tá aí. O Memphis não faz shows e lança música. Isso não é um problema”, projeta sobre o futuro.

Anderson Talisca comemora gol pelo Fenerbahçe, da Turquia
Anderson Talisca comemora gol pelo Fenerbahçe, da Turquia
Foto: Ahmad Mora/Getty Images

Na mesma linha do craque do Corinthians, utilizado como exemplo por Talisca, há Gabigol. Ao mesmo tempo em que vê diferença na maneira com que os companheiros de profissão tratam a música, o craque se mostrou aberto a uma parceria artística com eles.

“Fortalece, sim, isso é bacana. Fica boa a forma como eles tratam a música. Só que eu vejo que eles fazem essas paradas mais por hobby”, diz o jogador do Fenerbahçe.

Ainda no futebol, também há talentos musicais escondidos. Ex-companheiro de Talisca no Al Nassr, da Arábia Saudita, e atualmente no Botafogo, Alex Telles é um desses casos.

"Tem um parceiro que toca muito que é o Alex Telles. Toca e canta muito. Só que ele é um cara que nunca expôs isso, eu tô falando real. Chega até a ser bizarro. Ele canta e toca muito. Ele tem esse desejo, só que tem vergonha. Ele canta muito, tudo que é música. Ele canta muito. E ele gosta de cantar sertanejo. Toca piano, toca violão. Tem muito jogador talentoso na música, mas o Alex Telles é o mais bizarro”, completa.

Enquanto trabalha na divulgação do álbum Notas, Spark já mira seu próximo lançamento para o fim deste ano, mas ainda sem spoilers de possíveis parcerias.

Fonte: Redação Terra
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