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Campeonato Espanhol

Senegalês diz que foi alvo de racismo da torcida do Atlético

4 mai 2014 - 15h44
(atualizado às 15h52)
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Ainda dentro de campo, Pape Diop se revoltou com a torcida adversária após a partida contra o Atlético de Madrid
Ainda dentro de campo, Pape Diop se revoltou com a torcida adversária após a partida contra o Atlético de Madrid
Foto: AP

Na tarde deste domingo, o Levante venceu o Atlético de Madrid, no Ciutat de Valencia, e atrapalhou a equipe da capital na briga pelo título espanhol. Porém, outro fato chamou a atenção logo após o apito final. Ainda dentro de campo, o volante senegalês Pape Diop dançou em frente à torcida do Atlético de Madrid e foi cercado por jogadores da equipe colchonera, que achavam se tratar de uma provocação aos fãs. Depois do jogo, porém, o atleta contou que, naquele momento, estava dando uma resposta aos torcedores, que teriam praticado ofensas racistas contra ele.

“Chamaram-me de macaco, então, quando o jogo acabou, eu me virei e imitei um macaco”, disse Pape Diop, em entrevista ao jornal Marca. "Estou cansado de racismo no futebol. Já há muita prática deste tipo”, acrescentou o jogador, que estava na parte do campo próxima ao setor destinado aos torcedores do Atlético de Madrid quando o árbitro apitou o final do jogo.

Neste momento, ele deu um chutão na bola para o alto e se virou para os fãs da equipe adversária. Depois, apareceu dançando de costas para as arquibancadas, e foi imediatamente cobrado pelos jogadores visitantes, que imaginavam se tratar de uma provocação. Pape Diop, entretanto, parecia consternado e foi acalmado, curiosamente, por Diego Costa – conhecido por ser “briguento” dentro das quatro linhas.

“(O racismo) é um tema que tem me afetado muito. Ia bater um escanteio e parte da torcida do Atlético começou a fazer gritos de macaco. Para responder, comecei a dançar, mas não insultei ninguém”, disse o senegalês. “Fiz a dança de um macaco para mostrar o que estava acontecendo. Queria que todos soubessem o que estava havendo”, acrescentou.

Logo depois destas declarações, o fato ganhou enorme repercussão nas redes sociais. Como o imaginado, o caso envolvendo o brasileiro Daniel Alves, que teve uma banana atirada contra si na partida diante do Villarreal, no último domingo, também voltou à tona. Alguns usuários do Twitter, por exemplo, questionaram se desta vez haveria uma campanha tão consistente como quando ocorreu no caso do lateral direito, que viu Neymar viralizar a campanha “somos todos macacos” na internet. Na ocasião, o agressor de Daniel Alves foi identificado, detido e banido do Estádio El Madrigal. 

Fonte: Terra
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