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Iniesta revela sentimento por crise no Barça: “Se f..., chora, mas levanta”

15 abr 2014 - 10h11
(atualizado em 3/6/2014 às 13h06)
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O Barcelona, definitivamente, passa por um momento com o qual não se acostumou a conviver nos últimos anos. Em crise técnica, o time foi eliminado nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, semana passada, e já se distanciou do Atlético de Madrid na briga pelo título espanhol. Estes fatores, somados à grande pressão exercida pela torcida blaugrana, não têm feito bem aos jogadores catalães. Foi exatamente isto o que deixou claro o meio-campista Andrés Iniesta, nesta terça-feira, em entrevista coletiva.

Na véspera do duelo diante do Real Madrid, em Valencia, pela grande final da Copa do Rei da Espanha, o autor do gol que deu o título mundial à seleção espanhola externou tudo o que vem sentindo com a crise enfrentada pelo Barça nas últimas semanas. "Quando as coisas não saem do jeito que quer, você se f..., sofre, chora, mas depois se levanta", declarou o jogador, surpreendendo a imprensa espanhola.

"Muitas vezes fizemos coisas boas em grandes momentos. Somos os primeiros a ter autocrítica. Sabemos da responsabilidade que temos, mas, às vezes, as coisas não saem do jeito que a gente quer. Todos nós gostaríamos de viver em um mundo cor de rosa, mas não é assim", acrescentou Iniesta, antes de decretar: "As pessoas têm que estar com a sua equipe passe o que passar".

A declaração do jogador surge dias depois de o Barcelona ser derrotado por 1 a 0 para o Granada, pela 33ª rodada do Campeonato Espanhol, ter se distanciado da briga pelo título nacional e visto a relação com a torcida estremecer ainda mais. Na chegada do elenco a Barcelona, dezenas de torcedores recepcionaram os jogadores com protestos. Gritos como os de "sem vergonha", "filhos da p...", foram disparados pelos fanáticos culés, que ainda são acusados de terem ofendido Neymar com insultos racistas. Outros atletas, como Mascherano, por exemplo, ainda acabaram abordados dentro de seus próprios carros.

Tudo isto, porque o time não vem conseguindo emendar uma boa sequência de partidas, foi eliminado pelo Atlético de Madri nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa e não tem conseguido perseguir os Colchoneros na briga pelo título espanhol. Somado a isto, a diretoria vive momento conturbado, por causa da renúncia do então presidente Sandro Rosell, e mostra sinais de fraqueza. Além disto tudo, o clube foi proibido de realizar contratações por um ano, devido a transferências ilegais com atletas menores de idade.

É neste contexto que o Barcelona enfrenta o Real Madrid, nesta quarta-feira, a partir das 16h30 (de Brasília), em Valencia, pela grande decisão da Copa do Rei da Espanha. O zagueiro Gerard Piqué, machucado, deve ser desfalque do time comandado por Gerardo Martino, que ainda pode não contar com seu outro defensor, o jovem Marc Bartra. Assim, Carles Puyol, que também se recupera de lesão, pode ser utilizado ao lado de Javier Mascherano. No ataque, Neymar e Messi formarão, novamente, a dupla de ataque que ainda não conseguiu tirar a equipe do comodismo vivido nesta temporada.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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