Guto Ferreira deixa o Ceará vítima do “efeito Fortaleza”
Técnico foi demitido após derrota do time para o América-MG
Basta analisar a campanha do Ceará nas vezes em que esteve na Primeira Divisão nacional para se contatar que o oitavo lugar do time, no momento, é uma classificação rara e mais do que honrosa. Mas, então, por que o técnico Guto Ferreira foi demitido? A explicação é simples e está na rivalidade local. Não é tolerável para o torcedor alvinegro cearense ver o Fortaleza tão à frente numa temporada.
Seu mais tradicional adversário faz uma campanha destacada, brigando com Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo pelas posições principais na tabela do Brasileiro. Hoje, está em terceiro e pode encerrar a rodada com o mesmo número de pontos do segundo, o Palmeiras, se derrotar nesta noite o Cuiabá, em casa.
Além disso, o Ceará perdeu o Estadual exatamente em decisão contra o Fortaleza, em maio, no primeiro título do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda com o Tricolor.
A situação passou a ficar mais crítica para Guto Ferreira quando houve um novo revés em confronto com o mesmo Fortaleza, em junho, pela Copa do Brasil. Depois de um empate por 1 a 1, o rival venceu o Ceará por 3 a 0 e avançou para as oitavas de final da competição.
A queda recente de produção do time não seria suficiente para determinar o fim da passagem de Guto Ferreira pelo Ceará se não houvesse esse histórico de comparações com o Fortaleza. Se pelo menos tivesse conquistado o título da Copa do Nordeste – foi vice, perdendo para o Bahia – no início de maio, o técnico poderia ter mais fôlego para se manter no cargo.