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Futebol feminino

Feliz com título da Libertadores com a Ferroviária, Lindsay Camila foca agora no 'pianismo'

Treinadora aposta no empoderamento das mulheres em cargos de comando no futebol, se espelha na técnica da seleção, Pia Sundhage, e torce pelo fim da pandemia

26 mar 2021 - 15h10
(atualizado às 15h10)
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A sensação da comandante Lindsay Camila ainda é de deslumbramento pela conquista da Libertadores no comando das Guerreiras Grená. O título, que veio com vitória da Ferroviária por 2 a 1 sobre o América de Cali, na Argentina, pode significar um maior fortalecimento das mulheres na função de comando no futebol feminino. "Quanto mais mulheres nos clubes, quanto mais campeãs, vamos passar a ter um 'pianismo', afirmou a treinadora em referência à técnica da seleção brasileira de futebol feminino, a sueca Pia Sundhage.

Lindsay, que estava como auxiliar de Simone Jatobá na seleção sub-17 ainda não conseguiu dimensionar o tamanho do feito obtido pela equipe de Araraquara. É a primeira brasileira campeã da Libertadores. "Sabe quando você ainda acha que é um sonho e que pouco a pouco vai percebendo que isso é verdade? Estou sonhando acordada. Não asssimilei isso de ser campeão do torneio mais importante de clubes da América do Sul", comentou.

Com 38 anos, Lindsay vem se preparando há algum tempo para a função. A treinadora tem a licença A da Uefa e acumula passagens pelo futebol europeu. A ex-zagueira jogou no Brasil, Espanha, Portugal e França. Uma contusão no tornozelo acabou decretando o fim da carreira em 2006. O convite das Guerreiras Grená foi, para Lindsay, o grande desafio da sua carreira para começar a se consolidar como treinadora. "Tivemos pouco tempo de trabalho. Começamos a treinar no dia 18 de janeiro. Foi uma história de superação mesmo."

Ela disse que o seu principal desejo não está na área esportiva neste momento, mas no controle da pandemia da covid-19 que assola o Brasil e já fez mais de 300 mil vítimas. "Eu sonho voltar à vida normal, tirar a máscara, sonho em sair para a rua. Esse é o meu sonho mais forte. E que todos se recuperem."

Estadão
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