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Fifa rebate críticas da técnica do Afeganistão: 'Injustificadas e mal informadas'

Kelly Lindsey se disse 'enolada' com Infantino pelo tratamento ao caso de suposto abuso sexual no futebol do país

4 jul 2019 - 18h59
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Por meio de um comunicado, a Fifa rebateu, nesta quinta-feira, as críticas da técnica da seleção feminina do Afeganistão, Kelly Lindsey, que se declarou "enojada" com Gianni Infantino, presidente da principal entidade do futebol, em razão do tratamento ao caso de suposto abuso sexual no futebol do seu país, e defendeu a renúncia do dirigente.

"Ficamos surpresos e decepcionados com suas críticas, que consideramos injustificadas e fruto de má informação", afirmou a entidade nota em seu site oficial. "Gostaríamos de reiterar que a Fifa tem uma política de tolerância zero em relação a violações dos direitos humanos e condena inequivocamente todas as formas de violência baseada em gênero", notificou a entidade, que recentemente baniu do esporte o então presidente da Federação de Futebol do Afeganistão, Keramuudin Karim, após várias acusações de ter abusado de jogadoras das seleção.

Mas Kelly Lindsey manifestou a sua revolta por apenas o dirigente ter sido punido. "Eles não investigaram ninguém, apenas o presidente. Eles não foram além da camada superior", disse Lindsey, avaliando que a culpa por isso é de Infantino.

"O ex-presidente da Federação de Futebol do Afeganistão acabou sendo banido por toda a vida e multado em 1 milhão de francos suíços (cerca de R$ 3,9 milhões) pelo Comitê de Ética, que é a sanção mais forte que pode ser imposta pelo Código de Ética da Fifa contra pessoas adicionais, e não hesitará em tomar as medidas apropriadas e impor sanções se justificadas, tal como tem feito no caso do presidente da associação", continuou a entidade no comunicado, salientando também o trabalho feito com jogadores afegãos refugiados em outros países.

"A Fifa também assumiu um papel de liderança no apoio a jogadores que foram forçados a deixar o Afeganistão para obter refúgio em ambientes seguros e fora do perigo imediato. Continuamos em contato com eles e os apoiamos na reconstrução de suas vidas e na recuperação. A treinadora da equipe nacional, Kelly Lindsey, está bem ciente desses esforços e do apoio que a Fifa fornece."

Estadão
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