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"Guardiola" do Paulista assusta Santos, mas perde de novo

21 mar 2015 - 18h24
(atualizado em 22/3/2015 às 10h24)
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O primeiro tempo do jogo entre Santos e Grêmio Osasco Audax deste sábado, válido pelo Campeonato Paulista, tinha tudo para ser um massacre da equipe treinada por Marcelo Fernandes. Com um domínio absoluto na etapa inicial, que poderia muito bem ter resultado em uma goleada precoce, o time liderado dentro de campo por Robinho e Ricardo Oliveira fez apenas um gol, que foi suficiente para a vitória no Pacaembu. No entanto, o clube visitante, comandado pelo ousado Fernando Diniz, quase conseguiu um empate no segundo tempo, esbarrando no goleiro Vanderlei para não fazê-lo.

Terceiro melhor ataque do Estadual e equipe que melhor troca passes na competição (este segundo detalhe uma filosofia de vida do seu técnico), o Audax parecia sucumbir mais uma vez a um time de primeira divisão com trapalhadas dos seus defensores na saída de bola e lances cômicos de trocas de passe sem nenhuma objetividade dentro da sua própria área. Este filme é visto no Campeonato Paulista desde 2014, quando o então (apenas) Audax treinado por Diniz disputou o torneio. O Santos tinha a receita do sucesso, mas não conseguiu executá-la durante 90 minutos.

<p>Santos dominou o primeiro tempo, mas só fez um gol</p>
Santos dominou o primeiro tempo, mas só fez um gol
Foto: Leandro Martins / Futura Press

A equipe alvinegra adiantou a marcação, chegando a colocar todos seus dez jogadores de linha na intermediária adversária, mesmo sem a bola. A postura, certamente trabalhada pelo técnico Marcelo Fernandes antes do jogo, anulou o estilo característico da equipe de Fernando Diniz.

Logo no início do duelo, Geuvânio mandou para fora duas finalizações - uma situação recorrente na partida. Lucas Lima e Ricardo Oliveira desperdiçaram outras duas, tudo isso antes do relógio marcar 10min. Em comum nos lances esteve o aproveitamento santista da postura ousada do time de Osasco, que avançava com um número grande de atletas, deixando espaço na recomposição em contra-ataques - isto quando não sofria desarmes no seu próprio campo.

O Santos chegou a tomar sustos, como em um contragolpe puxado por Matheus, que finalizou cruzado para fora à esquerda de Vanderlei aos 16min. Mas, aos 17min, os santistas finalmente capitalizaram na insistência do rival em tentar ser Barcelona. Cicinho conseguiu desarme na intermediária ofensiva e serviu Ricardo Oliveira, que colocou mais um golaço na sua conta ao chapelar Felipe Alves e marcar de cabeça seu quinto gol no Campeonato Paulista.

<p>Audax passou sufoco antes do intervalo, mas depois dominou o Santos no Pacaembu</p>
Audax passou sufoco antes do intervalo, mas depois dominou o Santos no Pacaembu
Foto: Miguel Schincariol / Gazeta Press

Na frente no marcador, o time treinado por Marcelo Fernandes tirou um pouco o pé do acelerador na hora de pressionar a saída de bola do adversário, mas isso não mudou em nada o panorama da partida. O Santos continuou criando mais e dando poucas chances para o Audax, que viu sua trave balançar em cobrança de falta de Lucas Lima e o goleiro Felipe Alves defender um pênalti cobrado por Geuvânio.

O massacre foi tanto que, ao final dos primeiros 45 minutos, os comandados de Fernando Diniz perdiam até na posse de bola, embora tenham feito pouco além de tocar de lado na retaguarda durante a etapa inicial. O aproveitamento do Audax foi discretamente inferior em relação à sua média do Campeonato Paulista: 93% contra 94,7% - dados do Footstats. A equipe de Osasco sofreu 15 finalizações e chutou apenas seis vezes na meta santista, acertando-a em uma ocasião.

Se no primeiro tempo Marcelo Fernandes entrou preparado para encarar o o adversário que teria pela frente, no segundo Fernando Diniz enxergou bem o ponto fraco na defesa santista e mudou o jogo com apenas uma substituição: Gilsinho saiu para a entrada de Bruno Paulo. Aberto pela esquerda, o atacante aproveitou a noite ruim de Cicinho na marcação e criou sérios problemas para defesa santista.

<p>Goleiro do Audax, Felipe Alves pegou pênalti no primeiro tempo</p>
Goleiro do Audax, Felipe Alves pegou pênalti no primeiro tempo
Foto: Miguel Schincariol / Gazeta Press

Capaz de trabalhar a bola no ataque, o Audax passou a ter o domínio do jogo na etapa complementar. Artilheiro do Campeonato Paulista com oito gols, o meia Rafael Longuine começou a ter espaço na entrada da área rival e só não deixou o seu porque Vanderlei teve mais um dia seguro na meta do Santos, defendendo duas finalizações que tinham endereço do goleador. O goleiro santista ainda evitou o empate em outras ocasiões, realizando inclusive uma sequência de duas defesas em chutes de Camacho e Ytalo.

A pressão diminuiu principalmente depois da saída de Geuvânio, que deixou o campo para a entrada de Gabriel. A troca de Ricardo Oliveira, ovacionado pelo torcedor, por Elano congestionou ainda mais o meio-campo e ajudou a reforçar a defesa santista, que conseguiu segurar o resultado mínimo.

Apesar do placar, o jogo deste sábado pode ser visto como a afirmação de Fernando Diniz como um técnico de qualidade, especialmente pelas mudanças feitas no segundo tempo. O "Guardiola" brasileiro viu seu time impor seu estilo de jogo em um rival de Série A, fato que não havia ocorrido anteriormente em duelos contra os grandes paulistas - perdeu para Palmeiras e foi goleado pelo São Paulo. O próximo passo é conseguir vencer.

Veja os lances de Santos 1 x 0 Osasco Audax pelo Paulista:

Fonte: Terra
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