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Campeonato Catarinense

Neto diz não ter raiva de responsáveis pela tragédia

10 jan 2017 - 16h21
(atualizado às 16h55)
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Ainda em recuperação após deixar o hospital, o zagueiro Neto voltou a conversar com a imprensa nesta terça-feira. Um dos sobreviventes do acidente que vitimou jogadores e membros da comissão técnica e da diretoria da Chapecoense, o jogador deu uma lição de vida em relação a todo trauma pelo qual passou.

Foto: Reprodução/Facebook

Apesar de ter perdido amigos e ter ficado em estado gravíssimo após a tragédia, o atleta diz não sentir raiva dos responsáveis pela queda do avião da equipe catarinense.

"Eu tenho coragem para conseguir seguir em frente. Não tenho raiva de ninguém. O que aconteceu foi uma loucura. Eu me lembro muito bem o que aconteceu no avião. Nós estávamos tranquilos, mas não tenho raiva do que o piloto fez. Eu consigo entender que a vida não é só isso para cada um de nós. A vida é curta, passa rápido", declarou o zagueiro Neto.

O defensor voltou a falar sobre o carinho que vem recebendo. Neto citou o apoio de alguns ex-companheiros de clube e mostrou apego à religião para agradecer pela oportunidade de estar vivo.

"A maioria dos jogadores que atuaram comigo mandaram muitas mensagens. Não consegui nem responder a todos. É bacana sentir este carinho. Querem me ver de perto e me veem como uma pessoa especial. Tento seguir com gratidão a Deus por estar aqui. Todos que estavam aqui eram especiais. Me sinto privilegiado por Deus ter dado um tempo a mais para mim", afirmou.

Olhando para o futuro, Neto foi estimulado a analisar o que ele representa para a Chapecoense após o acidente que marcou a história do clube. O jogador, porém, diz não saber dimensionar ainda a sua importância para esta fase de reconstrução da equipe.

"Ainda não consigo ter este parâmetro do que eu represento para o clube. Estou aqui há dois anos e fui importante para o clube com conquistas, com atuações em jogos difíceis. Mas o que eu estou passando ainda é muito novo para mim. (As pessoas) dizem que eu represento a todos que se foram, jogadores, comissão técnica, diretoria. Eu sinto isso também. O que eu posso fazer é passar força quando os que ficaram se sentirem desanimados. Mas ainda não sei o que eu represento. Sempre me senti importante para o clube lá dentro de campo, no vestiário, mas neste momento ainda não sei dimensionar", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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