Esvaziado, Carioca abre chance para pequenos irem à semi
Embora os quatro grandes do Estado tenham vencido seus jogos na rodada do fim de semana, o tropeço de três deles nas partidas anteriores – o Fluminense é a exceção – deixou espaço para clubes pequenos se posicionarem bem na tabela do Carioca, com boas chances de figurar na semifinal do primeiro turno (Taça Guanabara). Os maus resultados no início da competição, notadamente de Vasco e Botafogo, podem ter associação direta com a opção dessas equipes de poupar seus titulares.
Isso é outro motivo para o esvaziamento do Carioca. Enquanto o Flamengo atua com o time Sub-20, Vasco, Fluminense e Botafogo também têm levado a campo times alternativos. Só nesse domingo os botafoguenses, enfim, escalaram seu quadro principal, na vitória sobre o Macaé por 3 a 1, no Engenhão.
Esse desprezo dos grandes clubes pelo Carioca leva o público a se afastar dos estádios. Apenas os jogos do Flamengo vêm recebendo um número bom de torcedores.
No mais, pesa bastante para o fiasco do Estadual do Rio o impasse entre o Flamengo e a TV Globo, o que impede a transmissão das partidas dos flamenguistas pela emissora. O clube quer mais dinheiro para que seus jogos sejam exibidos em TV aberta, fechada ou no sistema pay-per-view. A Globo não parece disposta a ceder e isso enfraquece ainda mais o Carioca.
Com tudo isso, aproveita-se quem pode. O Madureira, por exemplo, divide com o Fluminense o mérito de ter vencido todas as partidas até o momento. Ambos somam 9 pontos. Como a Taça Guanabara (TG) é um torneio de tiro curto – seis jogos para cada um -, basta ao Madureira mais uma vitória nas três partidas restantes para praticamente assegurar vaga na semifinal do turno. Os dois estão no Grupo B da TG, seguidos pelo Volta Redonda, com 6 pontos, e Vasco, que fez apenas quatro.
No Grupo A, mesmo sem nenhum de seus jogadores que conquistaram o vice-campeonato mundial, em dezembro, o Flamengo é o líder, com 7 pontos. O segundo lugar, por enquanto, pertence ao Boavista, com 4 pontos, à frente de Botafogo e Portuguesa, ambos com 3.
Ter um clube de menor investimento como semifinalista de turno no Rio significa uma possibilidade, ainda que remota, de um deles vencer uma etapa da competição e se credenciar à final do Estadual. Claro que é difícil imaginar que algum desses coadjuvantes erga a taça do Carioca, em abril. Afinal, o campeonato fica sempre na mão dos quatro grandes. Pelo menos tem sido assim nos últimos 54 anos.
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