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Doria contraria CBF e veta presença de torcida no futebol

Por medida de segurança, partidas realizadas no Estado devem continuar com os portões fechados, seja para o Brasileirão ou Eliminatórias

23 set 2020 - 13h42
(atualizado às 14h18)
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O Governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira que não vai permitir a presença de torcida em jogos de futebol, seja pelo Campeonato Brasileiro da Série A ou no jogo do dia 9 de outubro entre Brasil e Bolívia, na Neo Química Arena, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Em entrevista coletiva com a presença do governador João Doria e demais autoridades da área de saúde pública, ficou confirmado que apesar da demanda da CBF para voltar a vender ingressos e ter público, nada deve mudar por causa do alto risco de contaminação.

Vista do estádio do Corinthians, agora chamado de Neo Quimica Arena
Vista do estádio do Corinthians, agora chamado de Neo Quimica Arena
Foto: Danilo Fernandes/Framephoto / Gazeta Press

Segundo o coordenador do Centro de Contingência de Combate ao Coronavírus, José Osmar Medina, foi realizada uma reunião na última terça-feira para debater a proposta da CBF de reabrir o estádio com público. Entre os presentes ao encontro, foi unânime a decisão de manter a restrição como forma de prevenção ao novo coronavírus. "Não se recomenda a retomada de público em eventos associados a grandes aglomerações, como nas partidas de futebol. É uma decisão técnica", explicou Medina.

No entender do governo estadual, ainda não há segurança suficiente para permitir a presença de público. "Nesse tipo de evento tem fluxo de pessoas de diferentes regiões demográficas e muitas atividades paralelas ao redor do estádio. Vamos manter as diretrizes que discutimos com a Federação Paulista de Futebol (FPF), CBF e seguir com as partidas sem público", comentou Medina, que usou a realização de partidas sem público na Europa como um modelo de cuidado a ser seguido.

Doria afirmou que o Estado não pode ter pressa para liberar a realização de eventos. "Aqui em São Paulo não há pressão política, econômica, partidária, assim como não há do esporte", disse. "A missão do governo de São Paulo é preservar a vida de todos: jogadores, técnicos e jogadores", comentou o governador.

Pela proposta da CBF, os principais times da capital paulista mobilizariam entre 15 mil a 20 mil torcedores por partida, o que dificultaria o controle de aglomerações e o distanciamento social em ruas, estabelecimentos comerciais e espaços de alimentação em barracas de vendedores ambulantes no entorno dos estádios.

Apesar do veto à presença de público nas Eliminatórias, a CBF trabalha para em breve conseguir uma liberação para realizar partidas do Campeonato Brasileiro com até 30% da capacidade dos estádios. A entidade recebeu o aval do Ministério da Saúde sobre o tema e vai se reunir com os clubes para planejar mais detalhes.

Estadão
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