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Copa do Brasil

Cinco anos após decisão, Cruzeiro e Atlético-MG se reencontram na Copa do Brasil

Confronto, que tem início nesta quinta, no Mineirão, será determinante para a sequência da temporada das duas equipes

11 jul 2019 - 09h08
(atualizado às 09h17)
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Cinco anos após decidirem a Copa do Brasil, os rivais Cruzeiro e Atlético Mineiro voltam a se enfrentar pela competição nacional nesta quinta-feira, no Mineirão, pelo confronto de ida das quartas de final, a partir das 20 horas ( acompanhe o minuto a minuto aqui). Dessa vez, porém, ao invés da taça, o duelo vale a tentativa de minimizar uma crise de um lado e a busca pela afirmação do outro.

Em 2014, foi o Atlético-MG quem se deu melhor, conquistando o seu único título da Copa do Brasil com triunfos por 2 a 0 e 1 a 0. Depois disso, os times duelaram em outros quatro mata-matas, todos pelo Campeonato Mineiro: os alvinegros triunfaram em 2015 e 2017 e os celestes ganharam os confrontos em 2018 e neste ano.

Mas agora, como há cinco anos, os confrontos são considerados ainda mais importantes, pois deverão ser determinantes para a sequência da temporada de ambos, mesmo que ainda estejam envolvidos no Campeonato Brasileiro e também em torneios continentais, pois trará tranquilidade e confiança para quem avançar e pressão e crise ao eliminado.

Embora tenha levado o título estadual no último clássico, o reencontro entre os rivais se dá em um cenário de pressão sobre o Cruzeiro. Afinal, o clube passa por crise administrativa, sendo alvo de investigações por supostas irregularidades cometidas pelos seus dirigentes, a ponto de o vice-presidente de futebol Itair Machado ter sido afastado na última quarta-feira pela Justiça. E os salários do elenco estão atrasados.

Para tornar o cenário ainda mais complicado, o time não tem respondido em campo, tanto que está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, só tendo vencido três dos 13 compromissos que disputou após a conquista estadual. E os graves problemas financeiros levaram o clube a negociar nas últimas semanas dois jogadores considerados promissores, o zagueiro Murilo e o atacante Raniel. Além disso, o volante Lucas Silva não teve o contrato de empréstimo renovado.

O Cruzeiro também tem desfalques para encarar o Atlético-MG, pois os laterais-direitos Edílson e Orejuela estão lesionados, o que forçará o técnico Mano Menezes a improvisar o volante Lucas Romero na posição. E também não poderá usar o meia Rodriguinho, que passará por cirurgia na região lombar. Já Fred, sua principal esperança de gols, está em jejum de nove partidas.

Mas o time confia no apoio vindo das arquibancadas, tanto que membros de uma torcida organizada foram ao CT do clube manifestar apoio na véspera do clássico. E a expectativa é para que o Mineirão receba mais de 50 mil torcedores nesta quinta-feira.

"Estamos, pelo menos os cruzeirenses, todos unidos. Acho que a gente tem condição de fazer isso mesmo. A equipe precisa desse carinho, dessa força. Sempre que o Cruzeiro consegue atingir essa empatia, esse sentimento de união, ele se torna mais forte, e os adversários sentem isso", disse Mano.

Do lado atleticano, não há esse clima de pressão, mas a necessidade de afirmação. O time, afinal, vem fazendo uma temporada irregular, tanto que caiu na final do Mineiro e também na fase de grupos da Copa Libertadores. E agora está em seu segundo técnico em 2019 - inicialmente interino, Rodrigo Santana foi efetivado durante a intertemporada.

Santana, aliás, resolveu apostar na continuidade. Embora o clube tenha se reforçado nas últimas semanas com o volante paraguaio Ramón Martínez e o lateral uruguaio Lucas Hernández, além de contar com o retorno do meia venezuelano Otero, que estava nos Emirados Árabes Unidos, nenhum deles será titular nesta quinta-feira.

Mais do que isso, o treinador decidiu apostar na formação que foi para a pausa do Brasileirão em quinto lugar. Assim, a única novidade será o volante José Welison, que ocupará a vaga de Adílson, liberado para solucionar problemas particulares. E Alerrandro seguirá no comando do ataque, em detrimento de Ricardo Oliveira, assim como Patric foi mantido na lateral direita, mesmo com a volta de Guga da seleção brasileira olímpica.

Mas a expectativa é para que Otero seja acionado durante o clássico. E ele resumiu a importância do confronto para os times. "Eu acho que é um jogo a parte. Belo Horizonte para pra assistir o jogo. É um jogo que é a morte, com todo respeito. Vamos jogar nosso futebol, fazer o nosso trabalho, respeitando o time rival, mas é um jogo muito diferente dos outros", disse o venezuelano.

Estadão
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