PUBLICIDADE

Terra no Catar

Como as mulheres estão se vestindo na Copa do Mundo do Catar?

Público feminino no Mundial precisa lidar com as diferenças de cultura na hora de escolher as vestimentas

21 nov 2022 - 13h18
Compartilhar
Exibir comentários
As amigas Grazi e Fernanda estão respeitando o código de vestimentas locais
As amigas Grazi e Fernanda estão respeitando o código de vestimentas locais
Foto: Aline Küller / Redação Terra

A Copa do Mundo do Catar trouxe uma preocupação extra para as mulheres que estão acompanhando a competição in loco: como devo me vestir? E não, não estamos falando sobre eventuais dúvidas na hora de escolher o look. A questão é como respeitar a cultura local e não ser acusada de exibir demais o corpo.

O país mulçumano pede que o corpo feminino esteja sempre coberto e veta blusas regatas, decotes, roupas justas e shorts ou saias acima do joelho. Porém, uma espécie de vista grossa foi adotada nas ruas de Doha com algumas turistas que estão mostrando mais do que o recomendado. Porém, a maioria aceitou a recomendação comportada.

Durante passeio pelas ruas da capital do país, a reportagem do Terra conversou com várias mulheres que vieram acompanhar a busca pelo hexa de perto. Nenhuma delas adotou o abaya, aquele tradicional vestido longo, ou o hijab, lenço tradicional árabe para cobrir a cabeça. Porém, todas estão andando dentro das quatro linhas.

"O que a gente mais se informou foi sobre a questão das vestimentas. Como somos visitantes, sabemos que temos que respeitar a cultura e o costumes locais. A gente sabe tem que coisas que são normais no Brasil, mas aqui, infelizmente, são diferentes. Mas é uma questão de respeito, de a gente entrar na festa sem desrespeitar ninguém e no clima deles. Nada de decotes, estamos comportadas", contou a mineira Fernanda.

Comentaristas analisam falta de cerveja na Copa: "Os torcedores estão desesperados":

A brasileira, que mora na Irlanda, ainda detalhou olhares estranhos no metro.

"Acho que é normal, mas não por estar vestida estranha, e, sim, por não ser daqui. Acho que eles estão gostando e curtindo esse povo diferente que eles estão recebendo agora". Grazi se diverte com a reação dos nativos: "Senti um pouco esse olhar. É diferente, não sei te explicar uma maldade ou uma segunda intenção, mas é muito diferente. Só que é muito diferente do olhar brasileiro".

A torcedora está em seu segundo Mundial e confidenciou que a experiência do torneio a faz superar qualquer barreira. "Eu fui na Copa da Rússia, eu amei, por isso que eu vim para o Catar. 'Eu quero ir mesmo com todas as regras e limitações'. Eu gosto e respeito muito a diversidade cultural, acho que temos que abraçar novas experiências. Tá sendo uma grande oportunidade estar aqui", acrescentou.

A brasileira Glaucia mora no Catar há mais de 10 anos e destaca a segurança do país
A brasileira Glaucia mora no Catar há mais de 10 anos e destaca a segurança do país
Foto: Aline Küller / Redação Terra

A aparente tranquilidade notada pelas amigas brasileiras é confirmada por Glaucia. A esteticista vive no Catar há mais de 10 anos. Segundo ela, o país é "muito seguro".

"Ao contrário do que muitos imaginam, de um país com muitas restrições, de boicotes, de mulheres sem direitos... Pelo contrário, aqui a gente é muito livre, tem uma vida comum. Respeitando os costumes, todo mundo vive de forma confortável", declarou.

Ela, no entanto, reconhece que o Catar está mas liberal do que de costume. "Parece que a tolerância está mais tranquila. Tenho visto muita coisa que não é comum no dia a dia. Eles estão compreendendo que vem muita gente de cultura mista, não tem como segurar isso", acrescentou.

"É a Copa do luxo", Aline Kuller conta bastidores da abertura do Mundial no Catar:
Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade